Adaptabilidade, estabilidade e variabilidade do quociente fototermal para a cultura do trigo no Estado do Paraná
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/261 |
Resumo: | O trigo (Triticum aestivum L.) é amplamente cultivado na região Sul do Brasil, a qual responde por cerca de 90% da produção nacional do cereal. Entretanto, ocorre grande variação climática nas diferentes áreas tritícolas que comprometem o rendimento de grãos. Assim, é importante que as cultivares possuam boa estabilidade e alto rendimento quando cultivada em diferentes locais. O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão para expor as qualidades das metodologias AMMI e GGE Biplot e, posteriormente, avaliar a adaptabilidade e estabilidade de cultivares de trigo, submetidas a diferentes épocas de semeadura em Guarapuava e Palotina, e identificar a melhor época de semeadura para cada localidade. Além disto, objetivou-se estudar a variabilidade temporal e espacial do quociente fototermal e a ocorrência de geadas e discutir o impacto dessas variáveis na definição de épocas de semeadura para trigo no Estado do Paraná. Na revisão de literatura indica-se que a metodologia AMMI apresenta maior eficiência quando se deseja inferir a respeito do potencial de rendimento de grãos do ambiente, sendo recomendado o modelo AMMI1. Entretanto, quando o objetivo do pesquisador é estritamente selecionar genótipos superiores, que apresentam alto rendimento e estabilidade produtiva, o modelo GGE biplot é mais eficiente, principalmente, devido à presença do efeito principal do genótipo no PC1 (componente principal 1). Também, indica-se a metodologia GGE biplot para estudos de definição de megaambientes, ou seja, identificar grupos de ambientes. Na avaliação das cultivares em diferentes épocas de semeadura observou-se que semeaduras tardias em Guarapuava e antecipadas em Palotina foram as que proporcionam maior rendimento de grãos. A cultivar BRS Umbu (Guarapuava) apresentou adaptação específica à E1, considerada uma condição ambiental desfavorável. Por outro lado, a cultivar Safira apresentou ampla adaptabilidade, estabilidade e alto rendimento de grãos. Concluiu-se que em épocas discriminantes e não representativas como, por exemplo, E1 (Guarapuava) as cultivares adaptadas a essa condição ambiental possuem adaptabilidade específica, enquanto que em épocas discriminantes e representativas como, por exemplo, E3 (Palotina) as cultivares adaptadas são de ampla adaptabilidade. O estudo da variabilidade do quociente fototermal e geadas indicou que há maior ocorrência da variabilidade entre as regiões de VCU do que variação temporal dentro de uma mesma região. Os maiores valores do quociente fototermal foram observados na região de VCU 1 (fria, úmida e alta) entretanto, com alta probabilidade de ocorrência de geadas. De forma geral, a região de VCU 3 (quente, moderadamente seca e baixa) apresentou os menores valores do quociente fototermal. A semeadura de trigo no Paraná devem ser realizadas primeiramente na região de VCU 3 (10/03 a 10/05) seguida da VCU 2 (20/03 a 10/06) e por fim a VCU 1 (20/06 a 20/07). |