Exposição pessoal de curto prazo ao material particulado fino e a sua composição química elementar
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Apucarana Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2263 |
Resumo: | Estudos de exposição pessoal ao material particulado fino são escassos e praticamente inexistentes com avaliação da sua composição química. A exposição humana à poluição do ar ocorre tanto em ambientes externos como internos, sendo dependente do tempo de permanência nesses ambientes, além da proximidade das fontes de poluição e influência das condições meteorológicas. O presente trabalho tem por objetivo avaliar a exposição pessoal de curto prazo as concentrações de material particulado fino e sua composição química elementar. Desta forma, foram realizadas medidas e coletas de MP2,5 a uma taxa similar a respiração humana (monitor MIE pDR-1500™) em uma amostra de conveniência com 30 voluntários ao longo de um dia típico de trabalho e/ou estudo, sendo essas georreferenciadas (GPS DG-100 Data Logger). Para melhor inferência sobre a exposição durante os deslocamentos foram também realizadas medidas e coletas de MP2,5 em cinco linhas de ônibus e nos períodos de maior e menor fluxo de usuários. As amostragens foram realizadas em triplicatas, com o intuito de caracterizar a real exposição da população durante os percursos diários para trabalho e/ou estudo, seguindo os mesmos parâmetros da amostragem pessoal. Na sequencia foi realizada a determinação da concentração de Black Carbon equivalente (BCe) nos filtros utilizados na amostragem pessoal, seguindo o método de refletância de luz e aplicada à técnica de fluorescência de raios X por dispersão de energia ED-XRF para analisar os filtros de PTFE. As concentrações médias de MP2,5 dos voluntários nos grupos automóvel e ônibus foram de 12,4 μg m-3 e 10,7 μg m-3, respectivamente. Em relação ao BCe, as concentrações médias foram de 4,3 μg m-3 para o grupo dos voluntários que se deslocaram de ônibus e de 4,1 μg m-3 para os voluntários que utilizaram carros. O grupo ônibus apresentou as maiores concentrações médias para os elementos traço Na, S e K, enquanto que para o grupo automóvel foram S, Fe, Na e K. Em termos médios os voluntários do grupo ônibus inalou uma dose de 0,027 µg/kg-h de MP2,5, enquanto o grupo automóvel inalou 0,029 µg/kg-h. Em termos de concentração de massa do MP2,5 e BCe a exposição dos usuários é maior em horário de pico com concentração média com 18,8 µg m-³ e 7,8 µg m-³, respectivamente. Além disso, a exposição dos usuários não é semelhante nas cinco linhas, sugerindo a influência das fontes locais nas rotas de ônibus (industrial, queima de biomassa e resíduos). Os elementos traço que apresentaram as maiores concentrações para o horário de não pico e pico foram aqueles derivados das emissões veiculares, como o S, K e o Na, que foram associados, especificamente o Na, à presença de biodiesel no diesel. Na sequência encontram-se os elementos de origem de suspensão da poeira do solo como Al, Si, Ca, Mg e Fe. A dose média inalada de MP2,5 para o horário de pico foi de 0,05 µg/kg- hora e para o não pico 0,04 µg/kg- hora. Neste estudo, a principal fonte de emissão é o tráfego de veículos, já que a amostragem foi realizada diretamente dentro dos ônibus em rotas urbanas, assim como para os voluntários que em geral estiveram nos deslocamentos ou trabalho expostos a emissões de origem veicular (exaustão, ressuspensão de poeiras, emissões relacionadas ao desgaste dos veículos). Desta forma, pode-se concluir que no meio urbano as emissões de origem veicular são predominantes e que a morfologia urbana pode contribuir para o acúmulo de poluentes aumentando a dose recebida pela população. |