Estudo numérico bidimensional de propagação de trincas em ferro fundido nodular austemperado (adi)
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4731 |
Resumo: | O ferro fundido austemperado (austempered ductile iron – ADI) possui uma ampla gama de aplicações, devido a sua elevada resistência mecânica, à fadiga e ao desgaste superficial. O ADI é formado por uma matriz ausferrítica com nódulos de grafita em seu interior. Os nódulos possuem rigidez inferior à matriz e podem atuar como concentradores de tensões que nucleiam trincas. Eles também influenciam na propagação de trincas, que são desviadas em direção aos nódulos, o que pode gerar um efeito protetivo. Entretanto, segundo a literatura, o mecanismo de propagação da trinca ainda não está completamente compreendido. Dentro deste contexto, este trabalho apresenta um modelo numérico bidimensional para simular a propagação da trinca no interior de um material ADI submetido a uma carga de tração variável, que gera carregamentos de tração e de cisalhamento na ponta da trinca. O modelo foi implementado em linguagem Python e utiliza o código comercial de elementos finitos ABAQUS, juntamente com uma rotina de cálculo do crescimento de trinca, baseada na lei de Paris, para simular sua propagação. Foi verificado que o principal parâmetro responsável por alterar a direção da trinca é o fator de intensidade de tensão no modo II, ou seja, o cisalhamento que ocorre na ponta da trinca. As simulações demonstraram que a presença do nódulo gera uma carga de cisalhamento na ponta da trinca, e faz com que ela seja direcionada para o próprio nódulo. Fatores como o aumento do tamanho do nódulo e a diminuição da distância do nódulo até a ponta da trinca intensificam esta ação. Também foi verificado que, em simulações com dois diferentes materiais ADI com a mesma fração em área de grafita, para o caso com nódulos menores, a maior quantidade de nódulos faz com que a trinca tenha um tempo de vida menor até interceptar um novo nódulo. Portanto, isso sugere que o efeito protetivo dos nódulos no material ADI pode estar correlacionado com a quantidade de nódulos interceptados e a energia para nucleação de novas trincas. |