Controle da podridão azul em maçãs utilizando revestimento comestível elaborado com composto antifúngico de levedura antagonista
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4860 |
Resumo: | O bolor azul, causado por Penicillium expansum, é a podridão pós-colheita mais comum em maçãs. A utilização de revestimentos e a adição de leveduras como agentes de controle biológico é uma alternativa para evitar as perdas pós-colheita. O objetivo desse trabalho foi avaliar o controle da podridão azul em maçãs utilizando revestimento comestível elaborado com composto antifúngico de levedura antagonista. A partir de um teste piloto realizado com 80 frutos, foram determinados a ordem de aplicação do revestimento e ferimento dos frutos, e os intervalos de observação. A fase experimental consistiu de três tratamentos (frutos com revestimento em solução aquosa - RFA, frutos com revestimento elaborado com composto antifúngico – RFEB e frutos sem revestimento), totalizando 279 frutos. Os ferimentos foram realizados após a aplicação dos revestimentos, seguido de inoculação de 10 µL contendo 105 conídios de P. expansum/mL. O acompanhamento da doença nos frutos armazenados a 25ºC por 12 dias foi realizado em intervalos de 2 dias, por meio da determinação da porcentagem de frutos doentes, porcentagem de ferimentos infectados, e porcentagem de controle da lesão. Análises físico-químicas (pH e sólidos solúveis) e perda de massa também foram realizadas. Paralelamente, os revestimentos foram analisados por microscopia eletrônica de varredura (MEV). O revestimento elaborado com composto antifúngico - RFEB não impediu a incidência da doença e a infecção, porém foi efetivo no controle da severidade doença, com valor médio de 47,6% no controle das lesões, quando comparado com o revestimento controle – RFA (10,5%). O controle das lesões nos frutos RFEB foi significativo a partir do quarto dia de armazenamento, atingindo 54,1% após 12 dias, enquanto que o controle nos frutos RFA foi de apenas 12,7% no final do experimento. Enquanto os teores de pH mantiveram-se estáveis, com variação 0,3 nos frutos controle, nos frutos com revestimento RFA e naqueles com revestimento antifúngico, o aumento nos teores de sólidos solúveis foi de 2,1, 3,8 e 2,4 °Brix, respectivamente. Portanto, os parâmetros físico-químicos não foram considerados fatores limitantes para o desenvolvimento do fungo, reforçando que o controle ocorreu pelo efeito protetor do revestimento, principalmente o antifúngico. Os tratamentos RFA e RFEB apresentaram menor perda de massa quando comparado com o controle aos 12 dias de armazenamento. O composto antifúngico presente no RFEB foi eficaz contra o desenvolvimento micelial de Penicillium expansum, indicando perspectivas de aplicação para o controle da podridão azul em maçãs pós-colheita. |