Estudo do processo UV/H2O2 e da fotólise UVC na degradação do agrotóxico Lorsban® com acompanhamento da ecotoxicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Angeli, Suelen lattes
Orientador(a): Liz, Marcus Vinicius de lattes
Banca de defesa: Liz, Marcus Vinicius de, Martins, Lúcia Regina Rocha, Silva, Mário Antônio Navarro da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4231
Resumo: Resíduos de agrotóxicos estão entre os principais estressores de ecossistemas aquáticos, devido ao uso indiscriminado destes compostos, os quais representam uma séria ameaça à biota, e, também, à saúde humana, visto que a maioria são tóxicos, mutagênicos, teratogênicos ou carcinogênicos. Por consequência da recalcitrância dos agrotóxicos, diversas tecnologias de remediação têm sido investigadas. Neste trabalho buscou-se avaliar a eficácia de degradação do Lorsban®, princípio ativo clorpirifós (CP), por processo UV/H2O2 e fotólise UVC, juntamente com a realização de bioensaios para avaliar a ecotoxicidade das soluções, pré e pós tratamento. As degradações foram realizadas em reator de bancada com capacidade de 600 mL, utilizando como fonte de radiação uma lâmpada de alta pressão de vapor de mercúrio de 125 W, mergulhada na solução, e protegida por bulbo de quartzo. Nos testes de degradação, a concentração inicial do CP foi de 200 μg L-1, sendo geradas amostras em 30, 60, 90, 120, 240, 360 e 480 minutos, para serem analisadas por HPLC-DAD e testes de ecotoxicidade. Para as análises cromatográficas utilizou-se a extração líquido-líquido (ELL). O limite de quantificação (LQ) do método cromatográfico foi de 0,06 μg L-1, e o limite de detecção (LD) 0,02 μg L-1. Para os ensaios ecotoxicológicos foram utilizados três organismos-teste, Daphnia magna, sementes de Lactuca sativa e larvas de Aedes aegypti. Após 60 minutos de tratamento, em ambos os processos, o CP não foi mais observado cromatograficamente (<LD), correspondendo a uma degradação superior a 99,99%. Para as amostras testadas por D. magna, verificou-se uma redução na imobilidade dos organismos somente em 480 minutos pelo processo UV/H2O2, enquanto na fotólise UVC, observou-se 100% de imobilidade até 90 minutos de tratamento, havendo oscilação dos resultados a partir desse tempo. Para as sementes de L. sativa, o processo UV/H2O2 apresentou inibição do crescimento das radículas nos tempos de 60 e 240 minutos, enquanto nas demais amostras o efeito não foi significativo, e, na fotólise UVC não foi observado nenhum efeito significativo em nenhum dos tempos avaliados. Em relação aos testes com A. aegypti, nos tempos de 60, 90, 120 e 480 minutos não houve imobilidade dos organismos no processo UV/H2O2, já na fotólise UVC, não foi observada imobilidade de 60 minutos em diante. Portanto, mesmo atingindo altas taxas de degradação do CP, em ambos os processos, os bioensaios demonstraram a importância das análises do efluente gerado após as degradações, para que seja feita uma avaliação profunda, e mais consciente, sobre a eficiência e a viabilidade dos tratamentos propostos.