Avaliação da toxicidade do fotoprotetor 2-etilhexil 4-metoxicinamato em Oreochromis niloticus e Astyanax altiparanae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Olsemann, Isabela Borin lattes
Orientador(a): Ramsdorf, Wanessa Algarte lattes
Banca de defesa: Freitas, Adriane Martins de lattes, Krawczyk, Ana Carolina de Deus Bueno lattes, Bussolaro, Daniel lattes, Cestari, Marta Margarete lattes, Ramsdorf, Wanessa Algarte lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29657
Resumo: O 2-etilhexil 4-metoxicinamato (EHMC) é um filtro ultravioleta orgânico amplamente utilizado na fabricação de produtos de cuidados pessoais e industriais para a fotoproteção. Devido ao intenso uso, um nível significativo do filtro tem sido detectado na água e na comunidade biológica, resultando em preocupações sobre os potenciais efeitos ecotoxicológicos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade do EHMC em Oreochromis niloticus e Astyanax altiparanae após a exposição hídrica subcrônica de 22 dias. Os bioensaios com as duas espécies foram conduzidos separadamente, em condições semelhantes de experimentação. Os indivíduos foram expostos a três concentrações ambientalmente relevantes de EHMC (100, 500 e 1000 ng·L-1) em um sistema semi-estático com renovação diária de ¾ da água e do contaminante, para posterior avaliação da saúde dos peixes (fator de condição de Fulton – K), genotoxicidade (ensaio cometa), mutagenicidade (teste do micronúcleo písceo) e dos parâmetros bioquímicos (AchE, GST, CAT e LPO). Ao final dos bioensaios, o fator de condição de Fulton indicou que o fotoprotetor não afetou o estado fisiológico e nutricional dos peixes. Em ambas as espécies, os resultados do ensaio cometa com eritrócitos e tecido renal mostraram que a exposição não causou efeitos genotóxicos. Apesar disso, foi observado um aumento significativo na alteração morfológica nuclear do tipo vacuolated em A. altiparanae expostos a maior concentração estudada, sugerindo um potencial efeito genotóxico. A atividade da acetilcolinesterase (AchE) e glutationa S-transferase (GST) não apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação aos grupos controle negativo, para as duas espécies estudadas. As respostas dos biomarcadores de estresse oxidativo mostram que, apenas nos indivíduos da espécie O. Niloticus expostos a maior concentração EHMC foi constatado um aumento na atividade da catalase (CAT), entretanto, essa alteração não se estende a outras respostas de estresse oxidativo, como a lipoperoxidação (LPO). Dessa forma, pode-se concluir que a maior concentração ambiental estudada de EHMC mostrou apenas um potencial efeito genotóxico em A. altiparanae e aumento na atividade da enzima de defesa antioxidante CAT em O. Niloticus, sugerindo que nessas condições de experimentação o EHMC não se mostrou tóxico.