Avaliação dos Efeitos de Fotoprotetores em Organismos Aquáticos
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4158 |
Resumo: | Filtros ultravioleta (UV) são moléculas utilizadas para proteção contra radiação UVA (320-400 nm) e UVB (280-320 nm) e estão presentes em produtos de higiene pessoal como cremes, loções corporais e fotoprotetores. Devido à baixa eficiência dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos, os ecossistemas aquáticos são os principais destinos dessas moléculas, sendo encontradas em ng L-1 a μg L-1. A presença dessas substâncias no ambiente é preocupante devido ao potencial para causar efeitos deletérios em organismos aquáticos. Este trabalho teve como principal objetivo avaliar os efeitos de 2-etilhexil, 4-metoxicinamato (EHMC), avobenzona (AVO), benzofenona-3 (BF-3) e octocrileno (OC), através de exposições agudas e crônicas, em organismos aquáticos de diferentes níveis tróficos. Considerando esses fatores, inicialmente foi avaliada a toxicidade aguda (Artemia salina; Daphnia magna) e crônica (Desmodesmus subspicatus; Daphnia magna) para determinação de CE50, CENO e quociente de risco ecológico. Em seguida foram realizados ensaios de toxicidade considerando concentrações de relevância ambiental, expondo embriões de Rhamdia quelen, duas gerações consecutivas de Daphnia magna e posterior avaliação de múltiplos biomarcadores bioquímicos (acetilcolinesterase - AChE; catalase - CAT; glutationa-S-trasferase - GST; superoxido dismutase - SOD; carbonilação de proteínas - PCO). Nas análises iniciais, EHMC se mostrou o mais tóxico para todos os organismos testados (Desmodesmus subspicatus:CE50 = 0,37 mg L-1, CENO = 0,05 mg L-1; Artemia salina CE50 = 0,37 mg L-1; Daphnia magna CE50 = 0,50 mg L-1, CENO = 0,009 mg L-1) e embora tenha apresentado alta toxicidade, foi considerado sem risco ecológico, conforme aplicação de estimativa matemática pelo método do quociente de risco. Contudo, nos ensaios multigeracionais com Daphnia magna foram observados atrasos reprodutivos na segunda geração exposta, em AVO 4450 ng L-1, BF-3 175 ng L-1 e MIX (mistura das quatro moléculas), como também, diminuição das taxas de reprodução em AVO, BF-3, EHMC 224 ng L-1 e MIX, além de aumento da atividade de CAT, evidenciando indução do sistema antioxidante causado por AVO e BF-3. Os embriões de Rhamdia quelen apresentaram aumento da atividade de CAT, induzida pelos quatro fotoprotetores e sua mistura, também foram observados índices significativos de malformações causadas pela exposição a AVO, EHMC, OC e MIX. A concentração de proteínas carboniladas também foi aumentada em EHMC, o que sugere dano oxidativo. Concluiu-se que a exposição de organismos aquáticos a filtros solares, mesmo em concentrações ambientais, é nociva e pode ser prejudicial ao ciclo de vida das espécies, afetando o desenvolvimento embrionário e reprodutivo. |