Potencialidades de logística reversa do resíduo de gesso da indústria da construção civil
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Medianeira |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2951 |
Resumo: | O presente estudo teve por objetivo geral delinear o atual panorama de gerenciamento de resíduo de construção e demolição (RCD) e a geração de resíduos de gesso (RGs) no estado do Paraná, identificando as principais potencialidades de aproveitamento do resíduo de gesso no que se refere à logística reversa. Paralelamente realizou-se o diagnóstico do gerenciamento de RCD e RG nos 20 maiores municípios geradores de resíduo do estado do PR, por meio da aplicação de questionários auto preenchidos. O RCD da cidade de Cascavel foi caracterizado segundo NBR 10.004 e o RG, por sua vez foi caracterizado quanto às propriedades físico-químicas (Composição Química, Massa específica, Massa unitária, Análise Granulométrica, Análise Termogravimétrica, e Absorção de Água). Por meio de levantamento bibliográfico fez-se a compilação dos principais estudos voltados ao aproveitamento/reciclagem do RG. Com base no levantamento sobre os potenciais receptores de resíduos de gesso no Estado Paraná, que poderiam absorver os RGs como matéria-prima, foram projetados fluxos para a logística reversa do gesso, sendo realizada a análise econômica para o aproveitamento do RG como matéria-prima na produção de cimento. Com base no estudo realizado, o panorama de gerenciamento de RCD no estado do Paraná leva a concluir que o gerenciamento de RCD ainda é um desafio. Na maioria dos municípios somente uma parte dos RCDs é coletada e encaminhada a unidades de disposição adequadas. A reciclagem de RCD é incipiente e as políticas voltadas ao gerenciamento de RCD estão em fase de amadurecimento. Em relação aos RGs, não há separação deste resíduo e a logística reversa seguida de reaproveitamento/reciclagem é praticamente inexistente. A amostragem dos RCDs gerados no município de Cascavel demonstrou uma composição de RCD parecido com a maioria dos municípios brasileiros (“Classe A” 86,29 %; “Classe B” 12,36%; “Classe C” 0,29 % e “Classe D” 1,05 %). Em relação à caracterização do RG comum e acartonado, os resultados indicam que RG possuem propriedades físico-químicas compatíveis com a matéria-prima natural (Gipsita), o qual pode ser reaproveitado como material de construção a partir de processos simples de tratamento. Entre as principais formas de reaproveitamento/reciclagem identificadas no presente estudo, a utilização como matéria-prima na indústria do cimento é a alternativa mais concreta no momento, já que as cimenteiras demonstram interesse na utilização desse material. Paralelamente esta alternativa possui mercado consumidor certo (cimenteiras) que demanda grandes volumes. No entanto, existe a necessidade de uma regularidade no envio das cargas de RG às cimenteiras, com garantia de fornecimento desse material, em volume e periodicidade de envio. Nesse sentido, maiores volumes sendo recebidos e processados poderiam diluir os custos e reduzir o preço da tonelada do gesso reciclado, o que demonstra que a necessidade de se trabalhar com regiões, bem como considerar a alternativa do reaproveitamento local. |