Avaliação de lesões e traumas ósseos por meio de termografia infravermelha
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27855 |
Resumo: | As fraturas ósseas são consideradas traumas ortopédicos comuns nos departamentos de ortopedia hospitalares. De acordo com a sua gravidade, o diagnóstico pode evoluir favoravelmente ou apresentar infecções ósseas recorrentes e prognóstico de pseudoartrose, apresentando-se neste caso como um problema de saúde pública devido ao longo tempo de tratamento clínico. A avaliação da evolução do processo cicatricial por meio de tecnologias de imagens de Raio-X e Tomografia Computadorizada expõe os pacientes a doses frequentes de radiações ionizantes que são cumulativas e prejudiciais à saúde, além do elevado custo dos exames. A reparação óssea está diretamente relacionada com as alterações metabólicas, que apresentam mudanças térmicas pelo aumento ou diminuição do fluxo sanguíneo ao redor da lesão. O objetivo do presente estudo foi analisar a viabilidade da termografia como método de diagnóstico e seguimento clínico, não invasivo, na consolidação óssea e o estabelecimento de valores de corte térmico entre faixas de normalidade e os diagnósticos de pseudoartrose de tíbia, osteomielite crônica e tumor ósseo. Tratase de um estudo prospectivo, composto por 886 participantes, 222 pacientes e 664 saudáveis de diferentes etnias, composição corporal, idades e gêneros para composição de perfil térmico de referência. O estudo foi realizado em hospitais da cidade de Curitiba, e no município de São José dos Pinhais – Paraná e em hospitais da cidade do Porto em Portugal. Foram adquiridas imagens termográficas no mesmo posicionamento do raio X, com a câmera Flir T-530 no trauma agudo e nas fases de formação óssea, remodelação e consolidação, no diagnóstico de pseudoatrose e osteomielite crônica, tumor ósseo, e correlação com radiografias. O pré- processamento das imagens foi efetuado por meio do software FLIR tools 6.4, para a extração das temperaturas das regiões de interesse. A análise dos dados foi realizada no software MATLAB® 2019a através de um script desenvolvido para o efeito. Os resultados demonstraram uma diferença térmica de 0,9 °C para presença do diagnóstico de fraturas ósseas e de 2,0°C para rastreio do diagnóstico de tumor ósseo. Foram estabelecidos valores de corte de 29,72 °C para diagnóstico de pseudoatrose crônica de tíbia e 33,94 °C para diagnóstico osteomielite crônica de tíbia. Foi estabelecido o valor de 32,0 °C para o perfil térmico de referência de membros inferiores e validado o novo protocolo para aquisição de imagem termográfica no posicionamento em decúbito dorsal. Este trabalho mostrou que a termografia infravermelha pode ser útil como exame complementar de diagnóstico para avaliação de traumas e lesões ósseas. |