Potencial de extratos à base de Calendula officinalis L. na indução de resistência e no efeito fungistático sobre Botrytis cinerea, in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Fogolari, Hoilson
Orientador(a): Mazaro, Sérgio Miguel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/252
Resumo: Diversos estudos vêm demonstrando o potencial de plantas medicinais no controle de fitopatógenos, tanto por sua ação fungistática direta, quanto pela capacidade de induzir a defesa das plantas, indicando a presença de moléculas com características elicitoras. Nesse sentido foram desenvolvidos três experimentos no ano de 2009 e 2010, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus de Dois Vizinhos, com objetivos de avaliar o potencial de preparados a base de calêndula (Calendula officinalis L.) na indução de fitoalexinas em cotilédones de soja, na indução de resistência em frutos de morango e o efeito fungistático sobre Botrytis cinerea in vitro. O delineamento experimental utilizado para os experimentos foi inteiramente casualizado com 15 tratamentos resultantes da combinação de três formas de extração (extrato alcoólico, infusão e maceração) e cinco concentrações (zero; 1,25; 2,5; 5 e 10%), sendo a concentração zero água destilada, em arranjo fatorial (3 x 5) com 4 repetições. O primeiro experimento avaliou o potencial fungistático dos preparados sobre B. cinerea in vitro. Em placas de Petri® foram adicionados no meio de cultura BDA (Batata Dextrose Ágar) os preparados nas diferentes concentrações. Após a solidificação, um orifício de 8 mm foi realizado no centro da placa e introduzindo-se 2μL da suspensão de conídios de B. cinerea. As placas foram mantidas em câmara de crescimento durante 7 dias a 25ºC, e no sétimo dia mediu-se o diâmetro do halo de crescimento do fungo. O segundo experimento avaliou a indução de fitoalexinas em cotilédones de soja em resposta aos preparados à base de calêndula. Sementes de soja foram semeadas em areia autoclavada e mantidas em temperatura ambiente por 10 dias. Em seguida os cotilédones das plântulas foram removidos e na face abaxial destes foram aplicados os tratamentos. Após seguir os procedimentos metodológicos da técnica de extração, obteve-se via espectrofotometria a quantificação da fitoalexina gliceolina. O terceiro experimento avaliou o efeito dos preparados a base de C. officinalis sobre os parâmetros físico-químicos e bioquímicos de frutos de morango relacionados com a indução de resistência. Os frutos foram acondicionados em bandejas plásticas e pulverizados com os diferentes tratamentos. Após 6 horas da pulverização dos preparados foi pulverizada solução contendo cerca 104 conídios do fungo B. cinerea. As avaliações foram realizadas após 3 dias da implantação do experimento. Os parâmetros avaliados foram: perda de massa, incidência de podridões, acidez titulável, firmeza de polpa e sólidos solúveis totais, e as bioquímicas foram: açúcares totais, antocianinas, flavonóides e atividade da enzima fenilalanina amônia-liase (FAL). Os resultados demonstraram que a maceração em todas as suas concentrações inibiu o crescimento do fungo B. cinerea in vitro, sendo que a partir de 2,5% observou-se inibição total. O tratamento com infusão na sua maior concentração (10%) também apresentou resposta positiva na inibição do crescimento de B. cinerea. Os preparados de C. officinalis apresentaram capacidade de indução das fitoalexinas gliceolinas em cotilédones de soja. Na aplicação dos preparados em pós-colheita de morangos, não ocorreu influência dos tratamentos sobre perda de massa, incidência de podridões, firmeza de polpa, acidez titulável, sólidos solúveis totais, açúcares totais e antocianina. Para flavonóides o extrato alcoólico em todas as concentrações e a infusão a partir de 5% estimularam sua produção. A atividade da enzima FAL foi estimulada pela aplicação dos extratos.