Avaliação da degradação de sulfametoxazol e trimetoprima por enzimas ligninolíticas e fotólise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bonato, Aline Cristine Hermann lattes
Orientador(a): Maciel, Giselle Maria lattes
Banca de defesa: Maciel, Giselle Maria, Cruz, Lutécia Hiera, Soares, Marlene
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4226
Resumo: A frequente detecção do sulfametoxazol (SMX) e da trimetoprima (TMP) no esgoto, rios e águas de abastecimento tem causado preocupação devido aos efeitos ecotoxicológicos e o risco pontecial da indução de genes resistentes a estes antibacterianos. Técnicas envolvendo a degradação por Processos Avançados de Oxidação (AOPs) e biodegradação, utilizando fungos e suas enzimas, têm sido estudadas. Este trabalho avaliou o potencial do tratamento de SMX e TMP utilizando o tratamento enzimático (oxidação biológica) e a fotólise (oxidação química), em processos unitários e combinados. O trabalho foi dividido em três etapas, na primeira foi realizada a produção e otimização das enzimas ligninolíticas, as produções máximas obtidas foram de 0,94 U L-1 de lignina peroxidase pelo fungo Inonotus splitgerberi, 4599 U L-1 e 38 U L-1 de lacase e manganês peroxidase, respectivamente, pelo fungo Trametes sp. Na segunda etapa, foram realizados os ensaios de degradação, a oxidação biológica dos fármacos foi avaliada utilizando lacase comercial e o extrato bruto contendo lacases (produzido por Trametes sp.), as degradações foram testadas na presença dos mediadores 2,2'-azino-di-[3 ethylbenzothiazoline sulfonato(6)] diammonium (ABTS) e 1-hidróxi-benzotriazole (HBT). Os melhores resultados de degradação biológica foram obtidos após 24 horas de reação, a 37°C,110 rpm, pela ação da lacase do extrato bruto de Trametes sp., atingindo remoção de 27,51% de TMP, na ausência de mediadores, e 96% de SMX na preseça de ABTS. Para o tratamento com fotólise, utilizando reator com lâmpada de vapor de mercúrio de baixa pressão (28 W), a degradação máxima de SMX foi de 98% em 50 minutos e para TMP de 63% em 60 minutos. Os resultados de degradação obtidos pelos processos combinados, de acordo com testes estatistícos, não apresentaram diferença significativa aos obtidos durante a fotólise. A terceira etapa do projeto avaliou a inibição de E. coli nas amostras submetidas a fotólise e ao tratamento combinado, e foi possivel identificar que as enzimas atenuaram a toxicidade dos tratados. Em função dos resultados, pode-se considerar viável a aplicação do extrato bruto enzimático contendo lacase, sem etapas de separação ou purificação para a degradação de SMX e TMP, bem como a aplicação da fotólise direta. Em relação a associação dos tratamentos pode-se sugerir que apesar de provocarem incremento nas taxas de remoção foram responsáveis por atenuar a toxicidade.