Entre passos, traços e pinceladas: articulações de Margaret Mee com os cânones da ilustração botânica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Guerino, Lydia Varela lattes
Orientador(a): Silveira, Luciana Martha lattes
Banca de defesa: Silveira, Luciana Martha lattes, Masson, Michel Nunes Lopes lattes, Correa, Ronaldo de Oliveira lattes, Batista, Stephanie Dahn lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26147
Resumo: Margaret Mee foi uma artista inglesa que pintou a flora brasileira em sua arte botânica. Suas obras e trajetória foram pesquisadas e analisadas pelas perspectivas da história da arte, da biologia e da divulgação botânica. O objetivo deste trabalho é, dentro do contexto de ciência, tecnologia e sociedade identificar e evidenciar fissuras, contradições e mesmo continuidades, que são resultados da negociação da artista com os cânones e técnicas da ilustração botânica, área onde trabalhou e materializou sua obra. Para desenvolver este objetivo, nos utilizaremos primeiramente de uma metodologia de pesquisa bibliográfica e pictórica, juntamente com uma metodologia específica para a análise das imagens. O primeiro capítulo trará a identificação e contextualização de cinco principais categorias canônicas para a ilustração botânica; além da problematização através dos códigos sócio-técnicos os quais envolvem os processos artísticos e seus entornos histórico-culturais. No segundo capítulo traremos a vida e obra, de Margaret Mee, narrando sua trajetória. Ainda neste capítulo, identificaremos as fissuras e também, de forma contraditória, continuidades a partir de cânones e códigos técnicos. O terceiro capítulo trará a evidência das fissuras, contradições e continuidades materializadas em duas de suas obras, dois espécimes. A metodologia de análise utilizada para essa evidência e discussão será: a identificação das categorias canônicas da ilustração botânica, seguida da leitura sócio-técnica em cada uma das obras escolhidas. Através da análise dessas obras, busca-se explicitar a negociação da artista entre sua postura política e os cânones que aprendeu na vivência como ilustradora botânica. Por meio da identificação dos desvios da artista aos cânones será possível perceber vozes que vão para além da imagem representada, mas nos (re) educam o modo de olhar sócio-técnico sobre os espécimes e a natureza — em especial a Amazônia.