Avaliação da retenção de microcistinas em solução aquosa através da aplicação de membranas de ultrafiltração
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4163 |
Resumo: | A remoção de microcistinas dissolvidas em água é um desafio devido a sua elevada estabilidade, resistência ao calor, hidrólise e oxidação. O uso de tecnologias avançadas de tratamento, como a ultrafiltração, constitui-se como uma alternativa para a retenção dessas substâncias. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a retenção de microcistinas dissolvidas em água através da aplicação de membranas de ultrafiltração sintetizadas em laboratório e comerciais. Ensaios preliminares foram realizados visando a retenção do corante preto reativo 5 (20 mg L-1, 120 min, 0,2 MPa) com membranas poliméricas produzidas em laboratório através da técnica de inversão de fases, sendo estas compostas por diferentes proporções de polietersulfona (PES), cloreto de lítio (LiCl) e N,N-dimetilformamida (DMF), denominadas M1, M2, M3 e M4.. Concluiu-se que a membrana M3 (20% PES / 0% LiCl / 80% DMF) seria a mais apropriada para reter microcistina-LR, uma vez que foram alcançados fluxo permeado de 115 ± 5 L m-2 h-1 e retenção de 89 ± 4% nos experimentos com o corante preto reativo 5. A partir desses resultados, avaliou-se fluxos permeados e retenções de microcistina-LR pela membrana M3 nas pressões 0,2, 0,4 e 0,6 MPa. Todos os testes de retenção de microcistina-LR dissolvidas foram realizados na concentração inicial de 50 µg L-1 durante 150 minutos de ultrafiltração. As retenções de microcistina-LR, diferentemente do esperado para a membrana M3, foram inferiores às do corante preto reativo 5, tendo-se obtido as melhores remoções próximas a 40% apenas para as pressões 0,2 e 0,4 MPa. Objetivando a melhoria da retenção da membrana M3, a mesma foi submetida a tratamentos térmicos nas temperaturas de 60, 120 e 180 °C por 15 min. Na pressão 0,2 MPa, em que foram obtidos os melhores resultados, nas membranas tratadas a 60 °C, o fluxo obtido foi igual a 51 L m-2 h-1 e retenção de 80,1%, enquanto que nas membranas tratadas a 180 °C, esses valores corresponderam a 74 L m-2 h-1 e 70,3%. Foram observadas alterações morfológicas nos materiais filtrantes, ocasionadas pelo tratamento térmico, que levaram às diferenças de fluxo e retenção em relação às membranas não-tratadas. A partir dos melhores resultados obtidos de retenção de microcistina-LR, comparou-se o seu desempenho ao de duas membranas comerciais de ultrafiltração, compostas por poliamida e polietersulfona, modelos GH e GK. Com a membrana GH, foram obtidos fluxo permeado de 98 ± 5 L m-2 h-1 e retenção de 87,2%, ao passo que com a membrana GK foram obtidos fluxo de 210 ± 8 L m-2 h-1 e retenção de 48,2%, ambas na pressão 0,9 MPa. Além disso, notou-se que, mesmo com a utilização de uma pressão elevada com a membrana GK, os fluxos e as retenções de microcistinas dissolvidas foram próximos aos das membranas M3 na pressão 0,4 MPa. Isso se constitui como uma vantagem em processos de separação por membranas, que promove a redução do consumo energético. Dessa forma, conclui-se que as membranas sintetizadas em laboratório apresentam potencial uso para o tratamento de águas contendo microcistinas dissolvidas. |