PRONATEC: um estudo com egressos no litoral do Paraná
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2033 |
Resumo: | Esta pesquisa procurou investigar as relações entre a realização dos cursos do Pronatec de Formação Inicial Continuada (FIC) e a inserção dos egressos no mundo do trabalho, no período de março a dezembro de 2012, no Instituto Federal do Paraná, Câmpus Paranaguá. No que se refere à metodologia e aos objetivos a pesquisa foi descritiva, uma vez que buscou descrever as características dos egressos do Pronatec, além de ter sido também explicativa, contribuindo para a análise de possíveis causas ou consequências advindas da intervenção do Programa na vida de seus participantes, principalmente no que se refere aos aspectos do trabalho. Para tanto, esta pesquisa apresenta uma discussão sobre Estado e o campo das políticas públicas, tecendo uma síntese histórica sobre os programas de qualificação profissional que antecederam o Pronatec: o PIPMO, o PLANFOR e o PNQ. Apresenta-se, também, a conceituação das categorias trabalho, qualificação e empregabilidade, categorias estas que embasam a análise do Pronatec. A pesquisa com os egressos revelou que o perfil do aluno egresso do Pronatec no IFPR em 2012 é caracterizado por jovens com predominância do gênero feminino, na sua maioria entre 16 a 25 anos, estudantes do ensino médio de escolas públicas da cidade de Paranaguá, com renda familiar entre 2 a 4 salários mínimos e que não trabalhavam e não contribuíam para a renda familiar na época do curso. Em relação às contribuições do curso para a inserção no mundo do trabalho, 93% dos egressos declararam que sua ocupação atual nada tem a ver com a área do curso FIC realizado em 2012. Apenas dois, dos trinta egressos entrevistados, disseram trabalhar na área do curso. Quanto ao vínculo empregatício que se estabelece entre os egressos e sua ocupação atual aponta-se que, 23% dos que estão trabalhando possuem carteira assinada. No entanto, parcela significante se encontra ocupada na economia informal (os que declararam que trabalham sem carteira assinada, ou que trabalham como autônomos). Tem-se, nesse sentido, um cenário com empregos fora da área específica de qualificação proporcionada pelos cursos, somada a um elevado índice de informalidade. Por outro lado, mesmo que o emprego não tenha sido um ganho real ao final do curso, a influência do programa na vida estudantil dos egressos se mostrou positiva, já que muitos deram continuidade aos seus estudos, principalmente os jovens estudantes que na época do curso estavam na iminência da conclusão do ensino médio, além disso, muitos se motivaram a procurar novos cursos por influência direta do Programa. O Pronatec, portanto, a partir da análise dos dados levantados, caracterizou-se como um programa emergencial, voltado para a formação de mão de obra para o mercado, como uma resposta do governo federal a demanda empresarial e/ou interesses governamentais ou da estrutura administrativa/operacional dos ofertantes, mediante a oferta preponderante de cursos FIC, dando continuidade à tendência histórica de formação para o trabalho simples no Brasil, sem vínculo com a elevação da escolaridade de jovens estudantes e trabalhadores. |