Selos de certificação e signos distintivos associados a produção artística e a agricultura indígena: ferramentas de apoio à sustentabilidade do povo guarani Mbyá

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Wehrmeister, Josiane de Oliveira lattes
Orientador(a): Casagrande Junior, Eloy Fassi lattes
Banca de defesa: Casagrande Junior, Eloy Fassi lattes, Cunha, Lucia Helena de Oliveira lattes, Silva, Maclovia Corrêa da lattes, Areas, Patrícia de Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30170
Resumo: A arte indígena é compreendida como um valioso objeto de fronteira que pode fazer a ligação entre as diversas visões de mundo existentes, pois ela contém a expressão da vida daquela sociedade e os seus conhecimentos, podendo auxiliar na mudança na relação do ser humano com o ambiente em que ele vive. Esta é uma pesquisa qualitativa, de cunho bibliográfico, com natureza exploratória, dedutiva e descritiva. Os dados secundários foram obtidos por meio de revisão de literatura. O presente estudo tem como objetivo analisar as possibilidades e os desafios no uso de selos e signos distintivos para a valorização da produção artística desenvolvida pelo povo Guarani Mbyá, residentes no litoral do estado do Paraná, Brasil. Para isso, são necessários o reconhecimento e a valorização desses sistemas culturais para além da arte, uma vez que o comércio de peças artísticas é uma importante fonte de renda para o povo Guarani Mbyá. Também a produção agrícola, artesanal e extrativista desenvolvida nas terras indígenas, traz com ela a cultura e os saberes culturais desenvolvidos e aplicados por aquele povo. Agregar valor à produção, por meio da sua certificação e de signos distintivos, é uma forma de valorizar a tradição e incentivar que os mais jovens continuem suas tradições. Acredita-se que estes segmentos econômicos, podem ser apoiados por ferramentas jurídicas, selos de certificação, indicação geográfica e as marcas coletivas. Os resultados sugerem que o implemento de políticas governamentais voltadas para o setor e o aperfeiçoamento dos dispositivos jurídicos fortalecem estes modelos de negócios indígenas, tão importante para a sobrevivência de sua cultura. Além disso, os resultados demonstram que as marcas coletivas se mostram mais adequadas para este tipo de segmento econômico desenvolvido pela população indígena do litoral do Paraná.