Ferrovias: resistências, lembranças e esperanças nas narrativas de ferroviários e ferroviárias aposentados(as) da RFFSA
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30303 |
Resumo: | O presente texto tem por objetivo analisar as narrativas a respeito do transporte ferroviário no imaginário sociotécnico de ferroviários(as) aposentados(as) da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima – RFFSA (1957 a 1996) e alguns de seus familiares, a partir de entrevistas orais. A tese formulada é de que as narrativas de ferroviários(as) aposentados(as) da RFFSA auxiliam a construir um imaginário sociotécnico que experimentou um momento de transformações tecnológicas e responde ativamente a uma luta social, materializada pelas práticas do dia a dia, nas formas de pensar e se posicionar diante da nova configuração do transporte ferroviário. A hipótese é de que a memória coletiva – no que diz respeito ao imaginário sociotécnico dessas pessoas sobre o período em que trabalharam na RFFSA – constitui-se como uma forma de resistência a partir do próprio embate sociopolítico e econômico ocorrido no período analisado, em que o processo de privatização colocou as ferrovias brasileiras em uma situação de abandono e houve uma precarização de políticas voltadas para este setor no país. A metodologia foi a coleta, a transcrição e a sistematização de entrevistas realizadas pela proponente desta pesquisa entre 2018 a 2020 com ferroviários(as) aposentados da RFFSA e alguns de seus familiares (no total de 14 pessoas participantes), em diálogo com concepções do campo da Linguagem e da História Oral e sua metodologia. A essas entrevistas, somaram-se as análises de entrevistas realizadas ao longo de 2017 e 2018 pela equipe do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torrres, no município de Araucária, que também utilizou o método da História Oral com ferroviários aposentados que lá vivem ou viveram (um total de 10 entrevistados). Tais entrevistas deram corpo ao projeto Ferroviários de Araucária: a história que ajudaram trilhar, cuja referência neste trabalho será citada pelos nomes das entrevistadoras e dos ferroviários participantes. Os principais resultados alcançados com essa pesquisa foram com relação ao campo de investigação: a contribuição para a discussão da história ferroviária e da metodologia oral, a partir da problematização e reflexão deste método de pesquisa na sua relação com a linguagem, a discussão e olhar sobre a mulher no contexto ferroviário e sobre a mulher ferroviária, a abordagem da noção de imaginários sociotécnicos a partir das vivências de ferroviários aposentados e as formas como eles conceberam a privatização da RFFSA bem como as possibilidades futuras. A interação e permanente engajamento da proponente com atividades ferroviárias, resultou na constituição um acervo midiático, que se encontram nos acervos das instituições que possibilitaram a realização desta pesquisa, bem como a cópia impressa deste documento em cada uma delas. |