Indução de resistência por agentes abióticos em soja à mosca-branca
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2677 |
Resumo: | A soja é uma das culturas mais antigas e praticadas no mundo, tendo sua importância pelo elevado teor de proteínas, sendo utilizada na alimentação humana e animal, além de ser o principal produto de exportação brasileira. Apesar da alta produção nacional, a cultura possui perdas de produtividade pelos ataques de insetos-pragas, dentre eles, a mosca-branca Bemisia tabaci Biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae). Seu controle tradicional é realizado com inseticidas, mas atualmente métodos alternativos estão sendo avaliados, considerando a não contaminação do ambiente e a saúde humana. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de indutores de resistência no processo de defesa vegetal contra a mosca-branca em plantas de soja. Foram realizados dois experimentos na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Dois Vizinhos-PR, no ano de 2017. Sementes de soja da cultivar BRS 284 foram semeadas em vasos de polietileno com capacidade para 10 litros, contendo solo proveniente de lavoura. O cultivo ocorreu em casa de vegetação, sendo que os vasos ficaram dispostos nas bancadas até a fase fenológica V6, onde foram aplicados os indutores conforme os tratamentos. Os tratamentos foram aplicados por microasperção sendo: ASM (0,005%), AS (2Mm), fertilizante foliar composto por fosfito de potássio (0,004%); quitosana (1%) , silício (0,25%) e testemunha (água destilada). O primeiro experimento buscou avaliar o potencial dos indutores quanto a capacidade de ativar mecanismos de defesa vegetal, considerando a presença e a ausência da mosca branca. Para tanto, aplicou- se os indutores, sendo que para a condição de ausência de insetos, os vasos permaneceram em gaiola individual com tela anti-afídica, para evitar o contato com o inseto praga. Então, realizou-se a coleta do material vegetal em intervalos de 0, 24, 48, 96 e 168 horas após a aplicação dos indutores de resistência. Avaliaram-se proteínas totais, açúcares totais e redutores, compostos fenólicos, taninos e a atividade das enzimas peroxidases, fenilalanina amônia-liase (FAL) e quitinase. O segundo experimento buscou avaliar a preferência de oviposição em função da aplicação dos indutores. Após 24 horas da aplicação dos indutores, 500 adultos coletados não sexados de mosca-branca foram liberados no centro dos vasos sobre a bancada, tendo chance de escolha entre os tratamentos. Após 48 horas da infestação inicial, coletaram-se dois folíolos do terço mediano das plantas, de cada tratamento. Os folíolos foram avaliados em microscópio estereoscópio para a quantificação do número de ovos. A área foliar total dos folíolos também foi calculada, utilizando-se o software Image J. Os indutores de resistência possuem capacidade de ativar o metabolismo primário através da síntese de proteínas totais, bem como demonstram potencial na ativação de mecanismos de defesa entre eles, a rota dos fenilpropanóides com a ativação da enzima FAL e a formação de compostos fenólicos. Ainda demonstram ativar enzimas relacionadas a patogenicidade como as peroxidases e quitinase, tais ativações possuem especificidade quanto ao indutor e o tempo de ativação. O uso dos indutores quando desafiados com insetos demonstraram maior efetividade de ativação da enzima FAL, peroxidade e quitinase, enzimas estas relacionadas ao processo de defesa vegetal a insetos. Os indutores ASM, silício e quitosana possuem potencial de redução da oviposição da mosca-branca, o que pode estar relacionado a ativação de mecanismos de defesa vegetal. |