Efeito do treinamento pliométrico em diferentes densidades sobre o desempenho do salto Enjambée

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Tagata, Bárbara Chinaglia lattes
Orientador(a): Rodacki, Cintia de Lourdes Nahhas lattes
Banca de defesa: Rodacki, Cíntia de Lourdes Nahhas Rodacki, Stadinik, Adrian Maria Wan, Pereira, Gleber
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4250
Resumo: Dentre os elementos corporais pontuados e exigidos nas séries da ginástica rítmica, o salto manifesta-se como importante elemento de dificuldade. No salto Enjambée a ginasta necessita projetar uma perna à frente e outra à trás, mostrando uma angulação mínima de 180º entre elas. Diversos tipos de exercícios podem ser utilizados para melhorar o desempenho do salto, dentre eles, destaca-se o treinamento pliométrico, que baseia-se no ciclo de alongamento-encurtamento para realização eficiente. Além disso, a organização da densidade (i.e. relação exercício-repouso) utilizada no treinamento pode também influenciar no desempenho do salto. Desta forma o presente estudo teve por objetivo determinar o efeito do treinamento pliométrico em diferentes densidades sobre o desempenho do salto Enjambée. Participaram da pesquisa 24 ginastas com idade entre 13 e 15 anos (categoria juvenil). Foram aplicados dois tipos de treinamentos , sendo que ambos tiveram a duração de 12 semanas (2 adaptação e 10 treinamento). O treinamento de baixa densidade (GEBD) foi estruturado por séries curtas, com maior frequência de pausas, já o de alta densidade (GEAD) por séries longas, com menor frequência de pausas o qual apresenta maior propensão a desencadear condições de fadiga. Mediante uma bateria de testes, a pesquisa verificou os efeitos do treinamento sobre o componente de força (pico de torque), parâmetros neuromusculares (nível e padrão de ativação muscular) e as relações com o desempenho do salto (altura e forma). Os dados foram submetidos a uma análise descritiva padrão (média e desvio-padrão) e a normalidade e homogeneidade pelo teste de Levene e Shapiro Wilk. Uma série de análises de variância ( ANOVA two way) foi aplicada, na qual observou-se as condições grupo (intervenção) e tempo (Pré-Pós) como fatores, sendo esse último tratado como medida repetida. O teste de Bonferroni foi aplicado para identificar onde as diferenças ocorreram. Para reconhecer o efeito da variável de pico de torque sobre o desempenho do salto foi aplicado um teste de correlação chi-quadrado (χ2) de Pearson entre as variáveis. Ambos os grupos tiveram aumentos significativos e semelhantes no pico de torque dos músculos flexores e extensores do quadril e joelho (efeito tempo; p <0,05). A análise não revelou mudanças significativas no nível de ativação muscular, entretanto diagnosticou-se uma tendência na sequência de ativação pós intervenção. Diferenças significativas e similares foram observadas na altura do salto vertical entre as condições Pré (GEAD; 28,40 ± 1,2cm e GEBD; 29,05 ± 1,4cm) e Pós (GEAD; 32,10 ± 2,1cm e GEBD; 32,65 ± 1,8cm) para ambos os grupos. Em relação ao desempenho, não houve diferença no ângulo entre os segmentos, entretanto ambos os grupos tiveram aumentos significativos e semelhantes no deslocamento vertical da crista ilíaca pós treino (efeito tempo; p <0,05). Os achados mostraram a efetividade do treinamento pliométrico, em ambas as condições nos ganhos de força isométrica, altura dos saltos vertical e Enjambeé, além da relação entre a força dos músculos flexores e extensores do quadril no desempenho técnico do salto. Encontrou-se maiores níveis de ativação nos músculos RF e VM direito e BF esquerdo, além da ativação do GE durante toda execução do salto.