Influência do ensino superior em grupos de Startups no Brasil: abordagem com análise de redes sociais e dados da Web
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5085 |
Resumo: | Esta pesquisa examinou a influência de Instituições de Ensino Superior (IES) em grupos de startups no Brasil. Primeiramente, a literatura foi organizada em trabalhos que empregaram metodologias tradicionais e outros que utilizaram Análise de Redes Sociais (ARS). Em seguida, foram selecionadas fontes de dados disponíveis na web, formas de obtê-las e armazená-las. Após isso, foi realizado um exame a nível nacional dos tipos de atividades empreendedoras e a localização geográfica dos polos de startups. Finalmente, empregou-se ARS em uma rede alumni formada por fundadores de startups para medir o impacto das IES nessa estrutura. O exame das atividades empreendedoras revelou que as variações regionais poderiam estar favorecendo determinados setores e gerando oportunidades. Embora as startups se concentrem em polos economicamente mais desenvolvidas como as capitais, existem polos fora delas e também startups distribuídas em várias localidades. Isso fornece evidências de que o empreendedorismo se espalha facilmente pelo país. Quando se considera uma estrutura de conexões sociais cognitivas, como é o caso da rede alumni, a distância geográfica não impede que os atores se relacionem pois as ligações dependem mais da similaridade de assuntos e de trocas de conhecimentos do que da proximidade geográfica. Por isso, o alcance de influência das IES chega a limites inter-municipais entre 250 e 500 km e até inter-regionais em alguns casos, com distâncias acima de 1000 km. Observou-se, através da investigação da estrutura da rede, que a função educacional é distribuída entre universidades, faculdades e centros universitários, considerando IES públicas e privadas, e cada elemento apresenta diferentes formas de interagir com a rede de startups. Embora o Índice Geral de Cursos (IGC) seja um importante instrumento de avaliação da qualidade das IES no Brasil ele apresentou uma correlação fraca com a centralidade de grau da IES na rede. Isso significa que existem outros fatores que influenciam o posicionamento das IES dentro da estrutura e a formação do cluster ao seu redor. A escolaridade dos fundadores também é um elemento que merece atenção. Por exemplo, o período de graduação representa um importante momento na formação do empreendedor porque corresponde a maior parte das titulações. Os fundadores também continuam procurando aprofundar-se nos estudos mesmo após a criação da startup, por isso, o sistema de ensino superior deve estar preparado para recebê-los e atender da melhor forma possível suas expectavas e necessidades. Esta pesquisa busca justificar a importância da rede de ensino superior dentro da infraestrutura de suporte ao empreendedorismo brasileiro e pode influenciar políticas públicas como, por exemplo, o programa “Future-se” do Ministério da Educação que traz novas perspectivas sobre a função do ensino e pesquisa no Brasil, principalmente das universidades federais. De forma geral, este trabalho contribui para educação, empreendedorismo e políticas públicas. |