Caracterização da superfície usinada por fresamento de faceamento por meio da rugosidade ao longo da vida da ferramenta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Eurich, Alexandre Maier lattes
Orientador(a): Braghini Junior, Aldo lattes
Banca de defesa: Braghini Junior, Aldo lattes, Pukasiewicz, Anderson Geraldo Marenda lattes, Hupalo, Marcio Ferreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25351
Resumo: O acabamento superficial é gerado, dentre outros fatores, pela impressão do perfil da aresta de corte da ferramenta na peça sendo usinada. Arestas de corte em condições originais (que não sofreram desgaste) tendem a gerar superfícies usinadas mais regulares e com melhor acabamento superficial. No entanto, à medida que a ferramenta sofre desgaste, a sua aresta passa a apresentar geometrias com irregularidades e, estas irregularidades, passam a ser impressas na superfície da peça. Muitos pesquisadores têm desenvolvido pesquisas que avaliam o acabamento superficial do material usinado para diferentes condições de usinagem e diferentes ferramentas de corte, porém ainda existem algumas questões pouco exploradas, principalmente nos quesitos de: acompanhar, periodicamente, as mudanças geométricas nas ferramentas de corte por ocasião do desgaste; avaliar, além da rugosidade média, outros parâmetros de rugosidade que ajudem a caracterizar a superfície da peça à medida que a ferramenta sofre desgaste e; buscar relações, mesmo que qualitativamente, dos comportamentos dos parâmetros de rugosidade com as mudanças geométricas da aresta de corte. Frente a isto, a presente pesquisa tem como objetivo avaliar o comportamento da rugosidade de superfícies fresadas à medida que a aresta de corte secundária da ferramenta modifica a sua geometria original por desgaste. Os experimentos de fresamento de faceamento foram realizados em blocos de aço ABNT 1045, para algumas condições de usinagem e utilizando-se de duas ferramentas de corte semelhantes (ambas de metal duro e ISO P40), porém de fabricantes distintos. Dados de rugosidade foram obtidos por meio de um perfilômetro óptico (o qual também permitiu avaliações da topografia da superfície usinada) e os desgastes inspecionados por um microscópio eletrônico de varredura (MEV). Os desgastes máximos de flanco da aresta secundária de corte, medidos periodicamente nas análises em MEV, foram utilizados para determinar o tempo de vida das ferramentas de corte para cada condição de usinagem. Foi feito o monitoramento da aresta secundária de corte para acompanhar a mudança geométrica da mesma pois é esta aresta que gera a superfície usinada. Quando havia adesão na aresta de corte, notava-se vales mais pronunciados, picos reduzidos com cristas mais largas e fator de achatamento com valor negativo na topografia da peça. A ferramenta com maior ângulo de cunha, além de ter apresentado tempo de vida maior, apresentou menores alternâncias nos comportamentos dos parâmetros de rugosidade. Ambas as ferramentas falharam pelos desgastes de entalhe que evoluíram a partir de trincas térmicas e não por terem alcançado o valor prédeterminado de desgaste máximo de flanco (200 μm).