Qualidade de rainhas Apis mellifera africanizadas (Hymenoptera: Apidae): delineamento do perfil comercial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Andrade, Rúbia Santana lattes
Orientador(a): Maia, Fabiana Martins Costa lattes
Banca de defesa: Gasparino, Eliane lattes, Silva, Everton Ricardi Lozano da lattes, Maia, Fabiana Martins Costa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31356
Resumo: O setor apícola nacional vem se desenvolvendo e alcançando o mercado internacional ao longo dos últimos anos, contudo o setor ainda é pouco estruturado comparado a outros países. A produção e comercialização de rainhas é um ramo emergente na apicultura nacional e vem se desenvolvendo nos últimos tempos, visando suprir a demanda de substituição de rainhas, já que a troca periódica destas, acarreta ganhos na produtividade e sobrevivência da colônia. Contudo, o pouco conhecimento disponível na literatura sobre o potencial de produção acerca da Apis mellifera africanizada (Hymenoptera: Apidae), de ocorrência nacional, dificulta o crescimento do setor. Dessa forma, essa pesquisa teve por objetivo avaliar a qualidade de abelhas rainhas comerciais e identificar características com potencial para serem utilizadas como parâmetro qualitativo de rainhas. Para a pesquisa foram utilizadas 200 rainhas, 100 virgens e 100 fecundadas, produzidas por dois criatórios distintos. As análises foram realizadas a partir de três variáveis independentes: remessa (3), família (9) e status reprodutivo (2); e variáveis dependentes: medidas morfométricas (7) e características reprodutivas (6). Assim, foi possível observar que a remessa II apresentou diferença em cinco, das sete características morfométricas em relação a remessa I, e apenas três características reprodutivas apresentaram diferença, onde a remessa III foi diferente da I em todas elas. Foi observado o mesmo padrão de diferenciação para as características reprodutivas para a variável família, onde a família 9 apresentou valores muito distintos da família 1. Para status reprodutivo, as rainhas fecundadas apresentaram valores superiores ao das virgens para todas as características que exibiram diferença. Na Análise de Componentes Principais (APC), os dois primeiros CPs foram capazes de explicar 41,5% e 40,6% da variação apresentada para rainhas virgens e fecundadas, respectivamente. Para rainhas virgens as características morfométricas contribuíram de forma mais homogênea para a formação do primeiro CP, já para fecundadas, peso e peso dos ovários tiveram maior contribuição. Assim, apenas para status reprodutivo foi possível diferenciar de forma clara os grupos a partir da análise de dispersão. Em relação à taxa de mortalidade, a remessa I e as famílias 1 e 5 apresentaram as menores probabilidades. Já para viabilidade espermática, a remessa I e as famílias 1 e 2 apresentaram maior viabilidade. Uma maior variação entre as características foi verificada para as variáveis remessa e status reprodutivo (6), sendo que para esta última o número de ovaríolos apresentou diferença entre rainhas virgem e fecundada. Já na análise de correlação, apenas as características comprimento total e largura de abdômen apresentaram correlação com características reprodutivas para os dois status reprodutivos, podendo essas ser elencadas como parâmetro de seleção para qualidade de rainhas por serem de fácil mensuração. A produção de rainhas ainda é realizada em pequena escala, contudo a partir da avaliação desse material disponível no mercado, produzidas por dois criatórios distintos, foi possível observar que elas possuem características indicadoras de qualidade que poderão ser utilizadas em programas de melhoramento futuros.