Caracterização de uma estação de tratamento de esgoto por zona de raízes utilizando variáveis abióticas e microbiológicas
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/321 |
Resumo: | Os sistemas de tratamento de esgotos por zona de raízes constituem-se de um leito filtrante plantado com macrófitas emergentes. Tecnologia de baixo custo e, com eficiência comprovada em inúmeros trabalhos, as Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) por zona de raízes apresentam grande potencial para solucionar o problema da inexistência de coleta e tratamento de esgoto em pequenas comunidades. Este trabalho teve por objetivo caracterizar uma ETE por zona de raízes de fluxo vertical com base em variáveis abióticas e microbiológicas. Através da técnica de contagem em placas e da técnica de tubos múltiplos, foi possível estimar a densidade de fungos totais, bactérias heterotróficas, coliformes totais, Escherichia coli, bactérias redutoras de nitrato, bactérias desnitrificantes e bactérias redutoras de sulfato presentes nos diferentes estratos do sistema. Além das análises microbiológicas, foram avaliadas as variáveis abióticas temperatura, pH, oxigênio dissolvido (OD), nitrogênio amoniacal, nitrito, nitrato, nitrogênio total, ortofosfato e Demanda Química de Oxigênio (DQO). As análises foram realizadas em 8 locais, sendo uma referente ao efluente bruto, uma ao efluente tratado, três correspondendo à interface zona de raízes-brita e três ao filtro de areia, num total de 7 amostragens durante um ciclo sazonal. Em 5 amostragens não foi possível observar a redução do NMP de E. coli, apenas na Amostragem 1(C1) e na Amostragem 7 (C7) foi possível observar aproximadamente 66% e 97% de redução, respectivamente. As bactérias desnitrificantes, na maioria dos pontos e as redutoras de sulfato, com exceção da Amostragem 3 (C3), foram determinadas no valor de 1600 NMP.100mL-1. A densidade de bactérias redutoras de nitrato variou, na maioria das amostragens, de 1,8 NMP. 100mL-1 a 19 NMP. 100mL-1. A ETE foi eficiente para a remoção de DQO e fósforo, este último com porcentagem de remoção variando de, aproximadamente, 37% a 69%. A concentração de N-amoniacal foi reduzida em todas as amostragens, com exceção da C3. O pH permaneceu próximo da neutralidade e a concentração de oxigênio dissolvido aumentou na região do filtro de areia. Ao longo do período deste estudo foi observado um baixo desenvolvimento das plantas utilizadas. Com os resultados de quantificação foi possível verificar que a biodegradação é mais intensa nos primeiros 50 cm da ETE. Observou-se redução significativa da densidade de microrganismos no filtro de areia em relação à zona de raízes. Fatores como a idade da estação, que permitiu a formação de um biofilme no filtro de brita, a presença do filtro de areia e a disponibilidade de matéria orgânica podem estar envolvidas com a redução de microrganismos. Em resumo, pode se concluir que a ETE foi eficiente para remoção de microrganismos, porém apenas nos períodos de menor precipitação pluviométrica. |