Associação da percepção da qualidade de vida, nível de atividade fisica e comportamentos relacionados à saúde em escolares adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gustave, Eva Luziane Denkewicz lattes
Orientador(a): Legnani, Elto lattes
Banca de defesa: Legnani, Elto lattes, Fermino, Rogério César lattes, Legnani, Rosimeide Francisco dos Santos lattes, Campos, Wagner de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31042
Resumo: Objetivo: Analisar a associação entre os comportamentos relacionados à saúde e a percepção da qualidade de vida entre escolares de 10 a 15 anos após o período de isolamento social devido a pandemia da Covid-19. Metodologia: Este estudo apresenta uma abordagem quantitativa com delineamento transversal de cunho descritivo exploratório, realizada com uma amostra intencional de 330 escolares com idades entre 10 a 15 anos de ambos os sexos em uma escola pública de Curitiba, Paraná. Para a coleta de dados realizada em junho de 2022, foram utilizados os instrumentos: questionário WebCas (composto por sete segmentos), KIDSCREEN-52 (com 52 questões em 10 dimensões) e um questionário próprio para as características da amostra. Os dados foram armazenados no banco de dados e posteriormente foram exportados para uma planilha do aplicativo Excel, os quais, foram tratados e categorizados/dicotomizado para as análises de dados subsequentes. Em seguida foram adotados os procedimentos de estatística descritiva, distribuição de frequências, testes de associação qui-quadrado e regressão logística binária, considerando o nível de significância p= ≤ 0,05, utilizando o software estatístico (SPSS 20.0). Resultados: 85,2% (n=281) dos participantes foram classificados com a percepção da qualidade de vida baixa. As prevalências de comportamentos inadequados foram elevadas, o nível de atividade física insuficiente (85,2%), deslocamento passivo à escola (79,4%), elevado tempo em frente as telas (69,1%), horas de sono inadequada durante a semana (54,3%), baixo consumo de frutas (57,8%) e de verduras (51,2%). Observou-se associação negativa significante entre a baixa percepção de qualidade de vida e o tempo inadequado em frente as telas (x²=8,79; p=0,001), o consumo inadequado de frutas e verduras (x²=3,97; p=0,04) e (x²=3,56; p=0,05) e o consumo de álcool (x²=3,85; p=0,05). Quando estratificado por sexo, a baixa percepção de qualidade de vida esteve associado ao sexo feminino (x²=5,31; p=0,02). O deslocamento passivo associou-se estatisticamente aos escolares classificados no estrato socioeconômico alto (x²=6,71; p=0,01) e com as idades de 10 e 11 anos (x²=19,27; p=0,001). Os escolares classificados com o consumo de frutas inadequado apresentaram associação significante com o estrato socioeconômico baixo (x²=8,78; p=0,001). Por outro lado, os escolares classificados com episódios de embriaguez (x²=7,12; p=0,02), consumo de álcool (x²=10,34; p=0,001) e percepção de qualidade de vida baixa (x²=12,10; p=0,001) apresentaram associação significante com as idades de 12 e 13 anos. A variável que se mostrou preditora na percepção da qualidade de vida foi o tempo de tela (OR=0,42; IC=0,22 – 0,81), quando estratificado pelo sexo não obteve-se resultado significante no sexo feminino, porém no sexo masculino, a variável consumo de frutas (OR=2,28; IC= 1,06- 4,92) se mostrou preditiva e referente ao status de maturação pré púbere indica que o consumo de frutas (OR: 3,69; IC= 1,30-10,47) e refrigerantes (OR: 4,10; IC= 1,40- 12,02) foram preditivas estatisticamente. Considerações finais: Conclui-se, que a prevalência de comportamentos relacionados a saúde classificados como inadequados foi superior entre o sexo feminino, assim como, as meninas apresentaram elevada prevalência de scores classificados como baixa percepção de qualidade de vida. A qualidade de vida apresentou associação significante com a idade, o sexo e o status de maturação.