Caracterização morfológica e composição bioquímica de genótipos de soja portadores de genes piramidados de resistência a Phakopsora pachyrhizi
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27699 |
Resumo: | A ferrugem asiática (FAS, Phakopsora pachyrhizi Sydow e Sydow) é a principal doença da cultura, causando grandes quebras no rendimento da soja, afetando todo mercado do grão. Com a baixa eficiência dos fungicidas, o uso de cultivares resistentes apresenta-se como alternativa de controle, sendo econômica, segura, eficiente e sustentável. Porém, devido a grande variabilidade e agressividade da FAS, o uso de genes Rpp é limitado. Com isso, a piramidação de genes de resistência se mostra como uma alternativa na busca de cultivares com níveis mais elevados de resistência. Contudo, identificar a combinação mais adequada de genes que resultarão em genótipos com níveis elevados de resistência precisam ser estudados. Desta forma, entender quais mecanismos de resistência estão envolvidos na interação soja-P. pachyrhizi, pode auxiliar os programas de melhoramento no desenvolvimento de combinações com maiores níveis de resistência. O objetivo do presente estudo foi identificar variabilidade morfológica, fenotípica e bioquímica de genótipos (cultivares, linhagens e PI’s – plant introduction) contendo diferentes combinações de genes piramidados (Rpps) de resistência a ASR, visando identificar os mecanismos de defesa associados aos genes de resistência. Linhagens irmãs contendo genes Rpp piramidados, introdução de plantas (PIs) e cultivares resistentes e suscetíveis foram avaliadas quanto a resistência a FAS, a nível de campo. Foram avaliadas as características fenotípicas (lesão de resistência: Reddish brown, suscetível e imune) e caracteres de resistência: número de urédia por lesão (NoU), frequência de lesão com urédia (%LU), nível de esporulação (NE), e área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), características morfológicas: espessura epiderme superior (EES) e inferior (EEI) espessura parênquima paliçádico (EPP) e lacunoso (EPL) e espessura limbo foliar (ELF); e características bioquímicas (compostos fenólicos): daidzina, gliciteína, daidzeína, genisteína e genistina. Todas as linhagens com genes Rpp piramidados apresentaram elevados níveis de resistência, com reduções significativas nos NE, NoU e %LU comparativamente as fontes de resistência. Todos os genótipos das combinações Rpp1-b + Rpp1-b, Rpp2 + Rpp1-b, Rpp4 +Rpp1-b, além do gene Rpp1-b foram classificadas como “altamente resistentes” (AR). Além disso, a linhagem 52117-57 (Rpp2 + Rpp1-b) apresentou imunidade em condições de campo. Todos os genótipos classificados como AR apresentaram as menores AACPDs. Já os genótipos suscetíveis apresentaram as maiores AACPDs, evidenciando a importância da resistência genética em conter o avanço da doença. Os caracteres morfológicos e bioquímicos avaliados no presente estudo não apresentaram relação com os genes Rpp de resistência a FAS. Desta forma, mais estudos são necessários para investigar quais outros mecanismos estruturais e bioquímicos podem estar envolvidos no processo de resistência da soja a FAS. |