Brincadeiras persistentes, desigualdades de gênero presentes: relações de gênero na educação profissional, uma análise a partir da percepção de estudantes do IFPR – Campus Curitiba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Incerti, Tânia Gracieli Vega lattes
Orientador(a): Casagrande, Lindamir Salete lattes
Banca de defesa: Carvalho, Marília Gomes de, Tortato, Cintia de Souza Batista, Casagrande, Lindamir Salete, Kovaleski, Nadia Veronique Jourda
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2764
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo geral compreender como se dão as relações de gênero na educação profissional, tendo por base a realidade educacional do Instituto Federal do Paraná – IFPR. O espaço, onde se dão as relações sociais e econômicas em que as instituições de ensino estão inseridas, é dinâmico está em constantes transformações, o que indica diversos desafios ao processo educacional. É nesse processo que reside a potencialidade da escola em se instituir como o locus privilegiado, em potencial para mudanças, bem como constituir-se como um lugar em que muitas vezes se manifestam as desigualdades, levando-se em consideração, particularmente, a discussão a que se propõe neste trabalho: as desigualdades de gênero. É nesse espaço que se busca o desenvolvimento desta pesquisa. Ao se pretender o diálogo entre gênero e educação profissional e tecnológica, tem-se em vista a discussão sobre a educação escolar, especialmente direcionando nosso olhar ao ensino médio profissional e técnico; recorremos as suas Diretrizes Curriculares, nas quais evidencia-se que a educação profissional é, antes de tudo, educação. Assim sendo, rege-se pelos princípios explicitados na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Tendo em vista esse contexto, a intenção é de perceber de que forma as questões de gênero fazem parte do cotidiano escolar, e, a partir da percepção de estudantes matriculadas/os nos cursos de Técnico em Mecânica e Técnico em Processos Fotográficos, compreender se elas/eles identificam ou não desigualdades de gênero no seu percurso formativo. Como caminho metodológico, pontuamos a abordagem qualitativa como referência, e, além da busca por referenciais teóricos que guiem a discussão sobre as relações de gênero e educação, utilizou-se como técnica de pesquisa a entrevista semiestruturada, aplicada a vinte e quatro (24) estudantes dos referidos cursos; destas/es, doze (12) em cada curso e doze (12) de cada sexo. A escolha das/os entrevistadas/os foi aleatória e de acordo com o interesse em participar da pesquisa, buscando-se preservar a divisão igualitária entre mulheres e homens. Os resultados da pesquisa apontam que as questões de gênero estão imbricadas em todo o processo educativo do IFPR. Elas são naturalizadas e não questionadas, manifestam-se especialmente por meio de brincadeiras e piadas, restando a falsa impressão de não existir desigualdades de gênero nesse espaço.