Avaliação dos efeitos genéticos e ambientais na evolução do rendimento de grãos, qualidade de panificação e estabilidade de trigo
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1221 |
Resumo: | Estudos investigando cultivares históricas de trigo estão amplamente disponíveis e revelam ganhos anuais significativos no rendimento de grãos (RG) em inúmeros países produtores, enquanto alguns relatam recente decréscimo no progresso genético. Nesse sentido, a avaliação dos ganhos inerentes aos programas de melhoramento surge como uma ferramenta de medida de eficiência e pode auxiliar na definição de estratégias futuras. Assim, o primeiro estudo desta dissertação objetivou mensurar o progresso genético para o RG obtido no programa de melhoramento de trigo da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec) através da avaliação anual de linhagens em ensaios de valor de cultivo e uso (VCU). Foram utilizados dados de 836 experimentos, conduzidos 40 locais, no período de 2004 a 2013. Cada ensaio foi composto por 25 tratamentos (genótipos), incluindo linhagens e cultivares testemunhas, conduzidos em três repetições, em delineamento do blocos completos ao acaso. A análise REML/BLUP foi utilizada para obtenção dos valores genotípicos, os quais foram empregados na estimação do progresso genético por método semelhante ao descrito por Vencovsky et al. (1986). O progresso genético global do programa de melhoramento foi de 61,59 kg ha-1 ano-1 (1,68% ano-1), porém, foi parcialmente contrabalanceado por efeitos negativos de ambiente (-22,19 kg ha-1 ano-1; -0,58% ano-1). O progresso genético por região de VCU oscilou entre 31,38 kg ha-1 ano-1 (VCU 4) e 115,33 kg ha-1 ano-1 (VCU 1). Em cultivares comerciais lançadas entre 1998 e 2014, foi obtido progresso genético de 1% ano-1. O segundo estudo objetivou a avaliação do mesmo programa de melhoramento, porém, quanto a caracteres determinantes da qualidade industrial de trigo. Foram utilizados dados de dois locais do estado do Paraná (Cascavel e Palotina). A série histórica estudada compreendeu 8 anos (2005 a 2012) e 458 genótipos, incluindo linhagens e cultivares testemunhas. Foram utilizados os seguintes caracteres no estudo: força de glúten (W), tenacidade (P), extensibilidade (L) e número de queda (NQ). Foi observada a tendência de desequilíbrio na relação P/L, em decorrência de o ganho genético em P ser positivo (2,11% ano-1) e L negativo (-0,93% ano-1). O progresso genético foi de 1,30% ano-1 em W, refletindo os esforços do programa de melhoramento no incremento da qualidade industrial. O terceiro estudo objetivou a comparação de métodos de avaliação da estabilidade e adaptabilidade em trigo, com vistas a obtenção de metodologias essenciais. Foram utilizados dados de RG de 22 genótipos de trigo avaliados em três locais (Guarapuava, Cascavel e Abelardo Luz), durante duas safras agrícolas (2012 e 2013), totalizando seis ambientes. Em cada ensaio foi empregado o delineamento de blocos completos casualizados, com três repetições. Na avaliação da interação genótipo vs. ambiente (IGA), foram utilizadas metodologias baseadas em modelos mistos, análise de variância, regressão linear, análises multivariadas e não paramétricas. Na seleção de genótipos estáveis e de alto RG, é indicada a utilização do método da média harmônica da performance relativa dos valores genéticos preditos (MHPRVG) baseado em modelos mistos, em associação com as análises gráficas GGE biplot, pela capacidade de inferir sobre ambientes, genótipos e suas relações. |