Ambientes aquáticos da bacia do rio Iguaçu: aspectos físicos, químicos e cianotoxinas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Marcante, Luana Jesus Oliveira
Orientador(a): Azevedo, Júlio César Rodrigues de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/965
Resumo: Considerada como o maior complexo hídrico do Paraná, a Bacia do Iguaçu tem importância estratégica, principalmente no que se refere à característica do rio – por sua extensão e potencial hidrelétrico altamente explorado – com a formação de cinco reservatórios para gerar mais de 6.000 MW de energia. Em detrimento de sua importância estratégica, o represamento em cascada do Rio Iguaçu faz com que suas características hidráulicas sejam modificadas, podendo gerar passivos ambientais, como a incidência de florações de cianobactérias nos reservatórios, podendo apresentar potencial tóxico. São poucos estudos que contemplem a bacia do Iguaçu como um todo, avaliando o rio e os reservatórios formadores desse importante complexo hidrográfico. Pautado nesse entendimento, este estudo tem como objetivo avaliar a relação entre a qualidade da água na Bacia do Rio Iguaçu e a influência na ocorrência e concentração da cianotoxina microcistina-LR nos seus reservatórios. Com esta finalidade, foram realizadas três coletas de amostras de água no Rio Iguaçu da sua nascente na Região Metropolitana de Curitiba até sua foz, em Foz do Iguaçu. Também foram realizadas amostragens em quatro dos cinco reservatórios grandes reservatórios da Bacia: Foz do Areia, Segredo, Salto Santiago e Salto Caxias e avaliado variáveis físicas e químicas, teor e fonte de matéria orgânica e a contaminação nos reservatórios pela cianotoxina microcistina-LR na água. A avaliação dos resultados obtidos possibilitou a observação das principais influências no Rio Iguaçu, tais como atividade antrópica na Região Metropolitana de Curitiba, sazonalidade, e a influencia da mudança hidráulica promovida pelos reservatórios. Nos reservatórios estudados, as principais variáveis estão relacionadas com a sazonalidade, tempo de retenção hidráulico, nutrientes e produtividade primária. A Microcistina-LR foi detectada nos reservatórios de Foz do Areia, Segredo e Salto Santiago, este ultimo com a maior concentração de toxina intracelular obtida no centro da região lacustre, com concentração de 18,62 μg por litro filtrado e Foz do Areia, com 65,5 μg por litro filtrado em um ponto de margem com alta concentração de clorofila-a. As analises estatísticas permitiram a compreensão das variáveis possivelmente responsáveis pelo aumento da biomassa fitoplantônica, porém, não foi possível obter relações significativas que pudessem explicar a produção da microcistina intracelular. Diante dos resultados observados, fazem-se necessárias políticas de maior controle ambiental, visando à melhoria no tratamento de efluentes e uso e ocupação do solo em toda a extensão da bacia hidrográfica, porém, mais urgentemente na região do Alto Iguaçu.