Análise da carga de trabalho em operadores de uma empresa logística da região sul
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3801 |
Resumo: | No Brasil, o segmento rodoviário tem contribuído com a geração de trabalhos formais em relação ao volume total de trabalhadores do setor transportador. As características das funções nesse ramo, muitas vezes tem exposto os trabalhadores a condições de risco e demandas de trabalho elevadas. O objetivo desse estudo foi identificar a carga de trabalho e os fatores de influência de operadores em atividades de distribuição de cargas perecíveis. A metodologia constituiu-se da aplicação dos instrumentos: Questionário sociodemográfico para a identificação do perfil da amostra, Questionário NASA TLX adaptado para a análise da carga de trabalho, Questionário de identificação de queixas de dores e entrevista semiestruturada para o levantamento dos fatores que influenciam na carga de trabalho. A população constituiu-se de 30 motoristas e 20 ajudantes que trabalhavam distribuindo mercadorias em uma região que não impõe riscos ao trabalhador em relação ao roubo de carga e/ou congestionamentos, se comparado as metrópoles brasileiras. Sido aplicados questionários em 73,33% dos motoristas e 55% de ajudantes que trabalhavam em dois turnos fixos, turno 1 (2h as 11h) e turno 2 (horário comercial). Foram realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais (p spearman não paramétrica) para avaliar as relações entre as variáveis sociodemográficas, dimensões do NASA TLX e da percepção de dores dos motoristas e ajudantes do turno da madrugada (T1). Do total de respondentes do NASA TLX adaptado, 55% dos motoristas e 22,22% dos ajudantes perceberam uma carga de trabalho equilibrada (escores entre 5 e 10 na escala), ou seja, estes acreditam terem sido exigidos a trabalhar a um nível em que são capazes de exercer as atividades, não estando desestimulados ou sobrecarregados com a tarefa. A Carga de trabalho apresentou-se em ambos os grupos como moderada e equilibrada. Os motoristas indicaram esforço (físico e mental) como maior influenciador da elevação da carga de trabalho para ambos os turnos T1(2,35) e T2 (2,27), sendo os motoristas da madrugada (T1), os mais exigidos. As queixas de dores durante o trabalho foram baixas (menores que 5, em uma escala de 0 a 15), e que praticamente não sente dor durante o trabalho. Apenas relatos no braço direito, pernas e mãos nos motoristas do turno 2, porém em níveis moderados (entre 5 e 10). Conforme identificado pelos motoristas as dificuldades no trabalho podem acontecer devido ao contexto do ambiente externo (locais de depósito, infraestrutura das estradas, condições de trânsito, relacionamento com o cliente), condições ambientais (calor, frio, chuva nas entregas). E principalmente a falta de estrutura em saciar as necessidades fisiológicas (banheiros). No geral, houve alta satisfação em relação ao trabalho, porém os maiores desafios para a minimização da carga de trabalho nessas funções, passa por melhorias a serem implementadas em nível operacional, mas principalmente pelas políticas públicas em relação a infraestrutura dos transportes rodoviários, que impactam na minimização do desempenho e no aumento de riscos ocupacionais. As melhorias sugeridas: i) em curto prazo a melhor acomodação das cargas no caminhão e convênios com estabelecimentos nas rotas de entrega, ii) A médio prazo estudos sobre a ergonomia das ferramentas, iii) A longo prazo estudo do designe do caminhão. |