Representações da realidade brasileira nos primeiros anos da ditadura militar: um diálogo entre Rogério Sganzerla e Rubem Fonseca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Faccio, João Pedro Cardoso lattes
Orientador(a): Fioruci, Wellington Ricardo lattes
Banca de defesa: Fioruci, Wellington Ricardo lattes, Guizzo, Antonio Rediver lattes, Lima, Marcos Hidemi de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24861
Resumo: Este trabalho teve por objetivo investigar, por meio de contos das primeiras produções de Rubem Fonseca e do filme O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla, elementos de representação da realidade brasileira nos primeiros anos da Ditadura Militar, na década de 1960. A hipótese foi baseada na possibilidade de as construções narrativas de Fonseca e Sganzerla formarem-se sob a égide do “rebaixamento humano”, o grotesco. Para isso, esta dissertação realizou um percurso que buscou compreender alguns dos principais modos de ficção baseada na realidade social. Após, o trabalho se concentrou nas biografias de Sganzerla e Fonseca, a fim de identificar as principais influências e fontes de criação. Em sequência, houve também uma análise das situações da Literatura e do Cinema como artes importadas da Europa para terras brasileiras. Por fim, e com maior foco, esta dissertação realizou uma análise dos contos “Fevereiro ou Março”, “A Coleira do Cão” e “Manhã de Sol”, de Rubem Fonseca, e do filme O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla, a fim de aproximar os autores em um diálogo sobre a representação da realidade brasileira em suas obras. A análise foi centrada nas marcas do grotesco como categoria estética, de modo a verificar se essas marcas foram preponderantes na estratégia narrativa dos autores e também na sociedade brasileira, sobretudo a partir da década de 1960. No corpus deste trabalho, entre os principais autores que constituíram o embasamento crítico-teórico, estão Alfredo Bosi, Antonio Candido, Jean-Claude Bernardet, Karl Erik Schøllhammer, Leyla Perrone Moisés, Muniz Sodré, Raquel Paiva, Paulo Emílio Salles Gomes, Ruben George Oliven e Tânia Pellegrini. A complexidade criativa de Fonseca e Sganzerla somada à temática da marginalidade e às intrincadas relações sociais no Brasil justificam este trabalho como um esforço para tornar tais discussões mais críticas e profundas.