Representações da realidade brasileira nos primeiros anos da ditadura militar: um diálogo entre Rogério Sganzerla e Rubem Fonseca
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24861 |
Resumo: | Este trabalho teve por objetivo investigar, por meio de contos das primeiras produções de Rubem Fonseca e do filme O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla, elementos de representação da realidade brasileira nos primeiros anos da Ditadura Militar, na década de 1960. A hipótese foi baseada na possibilidade de as construções narrativas de Fonseca e Sganzerla formarem-se sob a égide do “rebaixamento humano”, o grotesco. Para isso, esta dissertação realizou um percurso que buscou compreender alguns dos principais modos de ficção baseada na realidade social. Após, o trabalho se concentrou nas biografias de Sganzerla e Fonseca, a fim de identificar as principais influências e fontes de criação. Em sequência, houve também uma análise das situações da Literatura e do Cinema como artes importadas da Europa para terras brasileiras. Por fim, e com maior foco, esta dissertação realizou uma análise dos contos “Fevereiro ou Março”, “A Coleira do Cão” e “Manhã de Sol”, de Rubem Fonseca, e do filme O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla, a fim de aproximar os autores em um diálogo sobre a representação da realidade brasileira em suas obras. A análise foi centrada nas marcas do grotesco como categoria estética, de modo a verificar se essas marcas foram preponderantes na estratégia narrativa dos autores e também na sociedade brasileira, sobretudo a partir da década de 1960. No corpus deste trabalho, entre os principais autores que constituíram o embasamento crítico-teórico, estão Alfredo Bosi, Antonio Candido, Jean-Claude Bernardet, Karl Erik Schøllhammer, Leyla Perrone Moisés, Muniz Sodré, Raquel Paiva, Paulo Emílio Salles Gomes, Ruben George Oliven e Tânia Pellegrini. A complexidade criativa de Fonseca e Sganzerla somada à temática da marginalidade e às intrincadas relações sociais no Brasil justificam este trabalho como um esforço para tornar tais discussões mais críticas e profundas. |