Commuter´s exposure to short-lived climate pollutants in maritime transport
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5126 |
Resumo: | A cidade do Rio de Janeiro (Brasil) possui um sistema único de transporte marítimo de massa, operando barcas em cinco rotas na Baía de Guanabara, com capacidade de passageiros entre 645 e 2.000. O sistema ocupa o quarto lugar no mundo em número de passageiros, transportando anualmente 20 milhões de passageiros. Como qualquer outro meio de transporte que utiliza combustíveis fósseis, as barcas emitem poluentes que afetam a qualidade do ar e o clima no entorno de sua área de operação. Infelizmente, as informações sobre as concentrações de poluentes do ar dentro das barcas e terminais marítimos são escassas, o que dificulta a avaliação da exposição a poluentes atmosféricos nesses microambientes. Assim, essa pesquisa pioneira teve como objetivo caracterizar as concentrações de material particulado fino (com diâmetro menor que 2,5 µm, MP2,5), black carbon (BC), número de partículas (NP) e compostos orgânicos voláteis totais (TVOC) por cinco dias dentro de barcas que conectam as cidades do Rio de Janeiro e Niterói. O estudo utilizou instrumentos portáteis operados continuamente em alta resolução temporal para capturar as características espaço-temporais durante as diferentes fases do deslocamento. Além disso, as concentrações de MP2,5 e BC foram coletadas na calçada em frente aos terminais de barcas em Niterói e Rio. Os resultados do monitoramento fixo mostraram concentrações médias de BC e MP2,5 de 4,5 ± 7,5 µg m-3 e 13,5 ± 13,6 µg m-3 em Niterói e 4,6 ± 9,3 µg m-3 e 10,6 ± 7,7 µg m-3 no Rio, respectivamente. As concentrações médias de BC e MP2,5 dentro das barcas foram até três e seis vezes superiores às concentrações nas calçadas, respectivamente, enquanto as concentrações de NP e TVOC foram comparáveis nesses microambientes. As concentrações dos poluentes foram altamente heterogêneas nas barcas, sendo o deck inferior (LD) mais poluído que o deck superior (UD) em termos de BC (15,7 ± 36,8 µg m-3 vs. 9,3 ± 21,5 µg m-3) e MP2,5 (66,9 ± 65,4 µg m-3 vs. 39,4 ± 36,8 µg m-3). Entretanto, as concentrações médias de NP foram ligeiramente maiores no UD com uma grande variabilidade (30.010 ± 34.582 # cm-3 vs. 26.655 ± 36.508 # cm-3 ). A concentração média de TVOC no UD foi de 1.537 ± 5.276 ppb, mas a comparação entre os decks não foi possível devido a disponibilidade de equipamento. A infiltração das plumas através das janelas nas barcas mais antigas aumentou as concentrações médias de BC, NP e MP2,5 em 2, 5 e 21 vezes em relação as mais novas, que operavam com sistemas de ar condicionado (A/C) e janelas fechadas. Contudo, as concentrações de TVOC foram 151 vezes maiores nas barcas mais novas, cuja hipótese é que estas vêm do formaldeído e outros COV dos materiais e móveis de decoração. As razões médias de no-A/C:A/C foram 3,5, 2,7 e 2,5 para BC, MP2,5 e NP, respectivamente. A fase mais poluída do trajeto foi a manobra para atracar e desatracar, quando os motores operam com maiores cargas para ajustar a posição da barca. Finalmente, este estudo mostrou que, apesar das vantagens de um sistema de transporte marítimo de massa, os passageiros e membros da tripulação são expostos a concentrações desproporcionalmente altas de alguns SLCP durante o trajeto, que a longo prazo podem afetar sua saúde. |