DNA barcoding para discriminação de espécies congêneras de Cambeva (Teleostei)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Indianara Carniel da lattes
Orientador(a): Oliveira, Elton Celton de lattes
Banca de defesa: Oliveira, Elton Celton de lattes, Mota, Thais Fernandes Mendonça lattes, Fabrin, Thomaz Mansini Carrenho lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27950
Resumo: O rio Iguaçu é um curso d’água com várias quedas de água e sua geomorfologia permitiu um elevado endemismo da ictiofauna. Sua exuberante foz, as Cataratas do Iguaçu, tornam a bacia conhecida mundialmente, com grande apelo ao turismo, sendo extremamente importante ainda para o fornecimento básico de água, produção de energia elétrica, pesca, agricultura, dentre outros. Devido a esta grande utilização dos seus recursos também recebe altas cargas de poluição antrópica, sendo catalogado como o segundo rio mais poluído do Brasil. Dentre as espécies endêmicas de peixes encontradas no rio Iguaçu está o Cambeva mboycy, a qual encontra-se em risco de extinção (categoria em perigo), sem estudos a seu respeito. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi utilizar a técnica de DNA Barcoding para avaliar a diversidade genética e compreender os padrões filogeográficos de espécies de peixes do gênero Cambeva e comparar com populações de dois locais geograficamente separados na região do Baixo Iguaçu. Os animais foram obtidos em tributários localizados nas cidades de Dois Vizinhos e Cascavel, nas regiões sudoeste e oeste do estado do Paraná, respectivamente. Foram coletados 113 indivíduos e realizado a extração do DNA a partir de um fragmento de músculo do peixe. Após isso, o DNA individual foi amplificado por PCR, utilizando um fragmento do gene COI. O DNA amplificado foi sequenciado e 45 amostras foram obtidas. As sequências foram editadas e alinhadas manualmente com o programa BioEdit, comparada por meio do programa MEGA X e a árvore filogenética foi construída utilizando algoritmo neighbor-joining. As sequências de DNA barcoding, juntamente com outras informações, serão disponibilizadas no banco de dados mundial para os peixes; Fish Barcode of Life Initiative (FISH BOL). Percebeu-se que as variações genéticas observadas nas espécies de Cambeva associaram-se às localidades, sendo possível observar através da árvore filogenética, ao invés de espécies, deixando sugestivamente que a geomorfologia do rio Iguaçu impõe uma barreira geográfica para a troca gênica, contribuindo para o processo de especiação do gênero e aumentando o endemismo.