Avaliação dos níveis de concentração de radônio em águas de poços, rochas e solos em Carambeí-PR
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26657 |
Resumo: | A excessiva exposição humana à radiação natural, principalmente ao gás 222Rn, pelos malefícios que esta radiação causa em relação à saúde pública, ressalta a importância de pesquisas sobre o radônio. Apesar do controle de qualidade da água distribuída para a população ser uma questão de saúde pública estabelecida, não há protocolos de medições de radônio. Há uma influência dos solo e rochas na concentração de radônio nas águas de poços, pois, solos ricos em urânio e tório, consequentemente exalam radônio que adentra nas águas adjacentes. Com isso, é importante realizar pesquisas com a finalidade de contribuir com o conhecimento da qualidade da água em relação ao radônio consumida por moradores que utilizam água de poço. A área rural de Carambeí, no estado do Paraná, possui várias chácaras e sítios cujos moradores utilizam a água de poço como fonte de água potável. Assim, considera-se que a avaliação de radônio em águas de poços, rochas e solos na região é pertinente. O objetivo deste trabalho é avaliar as concentrações de radônio em águas de poços, rochas e solos na região de Carambeí, no estado do Paraná e assim contribuir para base de dados para o Programa Nacional de Radônio no Brasil, sobre a coordenação do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Os pontos de interesse para coleta de amostras de água e rochas e também medições in loco do solo tiveram foco em propriedades que possuem poços. Foram realizadas coletas de amostras de água de poços dos locais e também de rochas encontradas ao redor das residências dos locais previstos para a medição. Também foram feitas medições de radônio dos solos locais. As análises foram feitas no Laboratório de Física Nuclear Aplicada (LFNA) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Os resultados das concentrações de ²²6Ra encontrados nas amostras de águas de poços ficaram na faixa de 0,3±0,3Bq/L a 3,8±2,3Bq/L, as quais cerca de 64% dessas amostras estão acima do valor 0,5 Bq/L, o limite para emissão alfa. Nas mesmas amostras, foram encontradas concentrações de 222Rn que variaram de 0,4±0,8Bq/L a 87±13Bq/L sendo que cerca de 81% das amostras apresentam valores também acima de 0,5 Bq/L. No caso das concentrações de radônio suportado, gerado pelo 226Ra, avalia-se que a contribuição para o interior de ambientes que façam uso dessas águas de poço, que podem ser um problema de saúde pública. Os níveis de concentração de ²²²Rn nas rochas graníticas variaram de 1141±26Bq/m³ a 53,7±1,6Bq/m³. Foram realizados cálculos das concentrações simulando que essas rochas estavam inseridas em um cômodo padrão da UNSCEAR. No caso onde a concentração de rocha granítica ficou acima dos limites estabelecidos, a contribuição para o cômodo padrão não ultrapassa os valores recomendados. Já os resultados de medições dos radionuclídeos ²²²Rn e 220Rn no solo apresentam concentração na faixa de 18,4±4,1kBq/m³ a 208±21kBq/m³ e 27±8kBq/m³ a 188,4±0,9kBq/m³, para cada isótopo, respectivamente. Os valores encontrados nesta pesquisa servem como base para o Programa Nacional de Radônio e permitem observar haver uma questão de saúde pública, principalmente relacionada à quantidade de rádio, e consequentemente de radônio indoor, em residências ou ambientes que façam uso desta água para consumo. |