O verbo-visual como estratégia discursiva nos infográficos: uma análise da seção Gráfico do Nexo Jornal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Montargil, Gilmar da Silva lattes
Orientador(a): Remenche, Maria de Lourdes Rossi lattes
Banca de defesa: Silveira, Ana Paula Pinheiro da lattes, Spinillo, Carla Galvão lattes, Remenche, Maria de Lourdes Rossi lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5162
Resumo: O infográfico é um gênero multimodal mobilizado em diferentes práticas discursivas na hipermodernidade, sobretudo na esfera jornalística, para explicar fenômenos, estudos e dados, de forma a facilitar/agilizar a produção de sentido na cibercultura. Para tanto, esta pesquisa, de caráter qualitativo-interpretativista, tem por objetivo analisar as estratégias discursivas na produção de infográficos na seção Gráfico do Nexo Jornal a partir da concepção dialógica de linguagem e dos estudos dos gêneros discursivos proposta pelo Círculo de Bakhtin, no que diz respeito aos aspectos de tema, composição, estilo, esferas de circulação, suportes e linguagens. Com a hipótese de que as estratégias utilizadas nos infográficos do Nexo Jornal tornaram-se ao longo do tempo, mais hibridas para potencializar/ampliar efeitos de sentido, constituiu-se um corpus com 16 infográficos da seção Gráfico do Nexo Jornal com a seleção de textos a cada trimestre desde o surgimento da seção – de 2015 a 2019. A partir de características salientes identificadas no corpus e do referencial teórico, constituímos um protocolo de análise com vistas a aspectos discursivos, transmutatórios e sociossemióticos com base em Kress e Van Leeuwen (2001[1996]), Kress (2001, 2005a, 2005b) e Cope e Kalantzis (2009a, 2009b, 2015). Somam-se ao referencial teórico: Bakhtin (1997, 2015, 2016), Volochinov (2013), Brait (2013), Rodrigues (2005), Rojo (2013), Charaudeau (2013), Jenkins (2011) Spinillo e Escobar (2016) e Rajamanickam (2005). Os resultados da análise revelam que os efeitos de sentidos produzidos decorrem das escolhas editoriais do jornal em articulação com o arranjo composicional que privilegia o encadeamento de gêneros e a mescla de diferentes recursos visuais, porém a evolução dessa articulação não é constante, preferindo o veículo de comunicação um modelo de encadeamento de gêneros com blocos textuais de escrita, ao invés de infográficos mais complexos e híbridos.