O acontecimento da iluminação cênica: experiências estéticas e produção de sentidos em shows musicais
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29504 |
Resumo: | O objetivo desta pesquisa é analisar a iluminação cênica como componente indissociável da experiência sensível do espetáculo e compreender seu potencial simbólico e expressivo com uma abordagem tecnológica, estética e presencial. Para tanto, esta investigação tem como objeto de análise a iluminação cênica dos shows musicais, pensados aqui como eventos específicos e singulares, e sua inter-relação desse elemento do espetáculo como produto tecnológico e artístico, a partir da experiência estética e produção de presença. A metodologia utilizada na elaboração da pesquisa é de abordagem qualitativa dos tipos bibliográfica e documental e de natureza descritiva. Inicia-se essa dissertação com definições e conceitos sobre as técnicas utilizadas na produção do fogo como objeto tecnológico pelo qual foram realizadas as primeiras experiências e atividades humanas ligadas às artes performáticas, vinculadas também à evolução tecnológica da iluminação cênica sob uma perspectiva histórica nos quatro palcos identificados por Roubine (1998): o anfiteatro grego, o espaço medieval, os tablados da “commedia dell’arte” e o palco italiano. Nesses anteparos, destacam-se os elementos de um espetáculo que se unem a partir dos componentes de uma tricotomia: tempo, espaço e ação (PAVIS, 2003), elementos que justificam a interação que ocorre no momento de um show, tornando o espetáculo um todo inteligível e concreto (espaço cênico e duração do espetáculo) como abstrato (magia, imaginário e memória). Na sequência, explora-se a estética contemporânea que se estabeleceu no início do século XX a partir dos princípios de Appia, Craig e Reinhardt, fundamentais para a gênese e formação da iluminação cênica moderna, complementados com a criação do método McCandless (1932), referência para a iluminação de espetáculos até a atualidade, cujo meio de representação da iluminação cênica se consolidou com o mapa de palco (Light Plot), desenvolvido a partir da década de 1930 com destacada contribuição da Lighting Designer Jean Rosenthal e padronizado na década de 1960, atualizado com as novas tecnologias criadas nas últimas cinco décadas. Na mesma seção, as características da experiência estética definidas por Marković (2011) (fascínio, simbolismo e unidade) são complementadas pelas relações da produção de presença na realização dos shows musicais, com base, nessas últimas, pelas percepções de Gumbrecht (2010) e Heidegger (2006). Por fim, a partir desses preceitos, apresenta-se uma análise apoiada nesses fundamentos de determinados shows musicais, principalmente no que se refere ao impacto da iluminação cênica nesses eventos. |