Nonada\" - o sertão no processo de formação do estado nacional (1822-1862)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ferreira Junior, Fernando Afonso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-03022010-152057/
Resumo: A partir da crise do Antigo Sistema Colonial, uma série de projetos para construção e consolidação da nacionalidade brasileira passou a ser objeto de atenção, fosse na esfera do Estado Nacional, fosse associada a este, para permitir novas ocupações territoriais. Assim, focados naqueles sertões, no entorno dos Rios Jequitinhonha e Mucuri, essa tese buscou compreender o projeto de unificação nacional dos seus territórios através da modernização das comunicações. Esta modernização permitiu ao Norte Mineiro e algumas das suas mais importantes cidades como Diamantina, Serro Frio e Minas Novas, o melhor escoamento de sua produção. Nesse sentido, procuramos verificar que o mais amplo projeto de integração nacional viria com a criação de uma nova povoação, às margens do Rio Todos os Santos: a Cidade de Filadélfia e, a partir daquele espaço, a comunicação com os grandes portos exportadores através do Rio Mucuri e da Companhia de Comércio e Navegação deste rio, capitaneada por Theophilo Benedicto Ottoni. Ilustrado pelo projeto de povoação americana, pós-independência daquelas colônias, esse liberal, deputado e senador por Minas Gerais, sugere inclusive a criação de uma nova província, chamada Nova Estrela, que permitiria vincular o norte do Brasil às províncias do Sul e o litoral à definitiva conquista do oeste. Com isso, Ottoni pretendia ocupar esses espaços vazios, destruindo a resistências à modernidade que poderia ser interposta pelos Sertões. Os caminhos e descaminhos daquele projeto fazem parte da história nacional como elemento de reflexão para o desenvolvimento de um organismo que compreenda a consolidação da jovem nação brasileira. A derrota do referido projeto permite que as vastidões sertanistas continuem durante toda a existência dessa nação, à margem do processo de desenvolvimento da modernidade, criando uma desarticulação das partes que formaram e formam o Brasil.