Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Faria, Heloisa Turcatto Gimenes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-08082011-155145/
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Resumo: |
Trata-se de estudo seccional, cujo objetivo foi avaliar a adesão ao tratamento e o controle metabólico em pessoas com diabetes mellitus, em Passos, MG. A amostra foi constituída por 423 pessoas com diabetes mellitus tipo 2, cadastradas em 17 unidades de saúde da família, por meio da técnica de amostragem aleatória estratificada. A coleta de dados foi realizada por pesquisadores de campo, mediante entrevista dirigida, em domicílio, utilizando quatro instrumentos: questionário contendo variáveis sociodemográficas, clínicas e terapêuticas, medida de adesão aos tratamentos - MAT, questionário de frequência de consumo alimentar - QFCA e questionário internacional de atividade física - IPAQ. Para a análise, utilizou-se estatística descritiva e teste exato de Fisher para as associações. Os resultados mostraram que houve predomínio do sexo feminino, média de 62,4 anos, 4,3 anos de estudo e 3,2 salários mínimos. A maioria possuía menos de dez anos de diagnóstico, encontrava-se com excesso de peso; valores de circunferência abdominal acima do recomendado e valores alterados de pressão arterial. Quanto aos exames laboratoriais, com exceção do colesterol total, os resultados obtidos mostraram-se acima dos valores de normalidade e a média de HbA1c foi de 8,1%. Segundo a prevalência da adesão ao tratamento do DM, vê-se que 357 (84,4%) dos sujeitos apresentaram adesão ao tratamento medicamentoso, 248 (58,6%) à prática de atividade física e apenas 13 (3,1%) ao plano alimentar. Ao analisar, simultaneamente, os três elementos investigados, obteve-se que apenas 1,4% apresentou adesão total ao tratamento. No que se refere ao tratamento medicamentoso, para o controle do DM, a prevalência da adesão foi maior entre os homens (85,8%), nos sujeitos com idade superior a 60 anos (87,0%), escolaridade entre quatro e oito anos de estudo (85%) e tempo de doença maior ou igual a dez anos (86,9%). Quanto ao plano alimentar, as mulheres (3,2%), os sujeitos com idade inferior a 60 anos (4,3%), com mais de oito anos de estudo (6,5%), renda familiar menor que três salários mínimos (3,7%) e mais de dez anos de doença (4%) apresentaram maior prevalência à adesão ao tratamento. A prevalência da adesão à atividade física foi maior também entre as mulheres (61%), nas pessoas com idade inferior a 60 anos (59,3%), com menos de quatro anos de estudo (60,4%), com renda familiar inferior a três salários mínimos (59,6%) e com tempo de doença maior ou igual a dez anos (59,7%). Ao adotar o nível mínimo de significância de 5% (p-valor<0,05), não foi verificada diferença estatisticamente significativa entre as variáveis estudadas e a prevalência da adesão ao tratamento do DM, com exceção do colesterol total que apresentou associação estatisticamente significativa com a adesão ao plano alimentar (p=0,036), e os valores de hemoglobina glicada com a atividade física (p=0,006). Frente aos resultados obtidos, recomenda-se a implantação urgente de estratégias de educação efetiva no município de Passos, MG, com vistas à integralidade da atenção em diabetes, tendo como indicador de resultado a adesão dos usuários ao tratamento. |