Heterogeneidade de estabelecimentos e trabalhadores na equação de rendimentos da indústria do estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Sacconato, André Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-20062023-140537/
Resumo: O objetivo central deste trabalho é a introdução de efeitos fixos tanto do trabalhador quanto das empresas na equação de rendimento. Utilizando a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do IBGE que relaciona os trabalhadores pelo seu número de PIS e o Catálogo Nacional de Estabelecimentos construímos um painel de trabalhadores e firmas e medimos os efeitos que estes têm nos parâmetros relacionados às características observáveis. Os resultados mostram que a introdução dos efeitos fixos diminui a magnitude dos parâmetros calculados por mínimos quadrados ordinários simples, sinalizando que estes, quando estimados por MQO, carregam um viés. Em seguida foi estimada uma equação com os efeitos fixos dos trabalhadores e das firmas simultaneamente e mostramos que, apesar de ambos os efeitos serem importantes na explicação, o efeito fixo do trabalhador explica uma maior parte da variação dos salários. Finalmente ao calcular a correlação entre os dois efeitos mostramos que esta é praticamente nula, revelando que os trabalhadores com maior efeito fixo não estão nas empresas com maior efeito fixo, ou seja, os melhores trabalhadores não estão nas melhores empresas. O resultado se mantém mesmo quando controlamos os efeitos fixos pelas características observáveis.