Estudo comparativo de diferentes protocolos de irradiação com laser de baixa potência para a reparação tecidual de excisões realizadas em dorso de ratos não diabéticos e diabéticos induzidos por estreptozotocina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Castro, Juliana Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23140/tde-25062018-110601/
Resumo: Cada vez mais a terapia fotobiomoduladora (PBMT) tem sido amplamente utilizada com o intuito de acelerar o processo de reparo tecidual, principalmente em algumas condições sistêmicas, como é o caso da Diabete Mellitus. Entretanto, ainda poucos trabalhos tem o objetivo de analisar os parâmetros dosimétricos que podem ser utilizados com o intuito de se estabelecer a melhor dose que possa ser entregue ao tecido.Com isso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar, através de análises macroscópicas da lesão, histológicas e biomecânicas, o processo de reparo tecidual frente à terapia fotobiomoduladora, levando em consideração a dose, frequência e modo de entrega da energia.Para isso, foram utilizados 282 ratosWistar, divididos em 2 grandes grupos: diabéticos e não diabéticos. Para a indução do diabetes, foi injetado, intraperitonealmente, uma dose de 60 mg/kg de Estreptozotocina, diluída em tampão Citrato de Sódio 0,1 M, pH 4. Após 72 h da injeção, os animais permaneceram em jejum por 12 horas, e com auxílio de um glicosímetro (Accu-ChekPerforma®) a glicemia desses animais foi aferida a partir do sangue da veia caudal, para confirmar o quadro de diabetes. Os animais que apresentaram glicemia igual ou superior a 250 mg/dL de sangue foram considerados para o grupo dos animais diabéticos. No grupo não-diabético, foi injetado, da mesma maneira, apenas o veículo, na mesma dose. Após 15 dias da divisão dos animais em diabéticos e não diabéticos, os foi realizada de acordo com a dose, frequência e modo de entrega da energia, como segue:grupo controle e diabético (sem irradiação); grupos irradiados uma única vez: L1 e L1D (não diabético e diabético irradiados com 1 ponto de 10J/cm², respectivamente), L2 e L2D (não diabético e diabético irradiados com 5 pontos de 10J/cm², respectivamente), L3 e L3D (não diabético e diabético irradiados ponto central de 50J/cm², respectivamente); grupos irradiados nos dias 1, 2, 4, 6 do experimento: L4 e L4D (não diabético e diabético irradiados com1 ponto de 10J/cm², respectivamente), L5 e L5D (não diabético e diabético irradiados com 5 pontos de 10J/cm², respectivamente), L6 e L6D (não diabético e diabético irradiados com 1 ponto de 50J/cm², respectivamente). Foi utilizado o PhotonLase III-DMC®, ? 660nm, potência de 40mW. Houve acompanhamento fotográfico das lesões durante o experimento, para posterior análise macroscópica da lesão. Após 7, 10 e 14 dias, da excisão tecidual, os animais foram anestesiados, eutanasiados, e o dorso removido para análises de re-epitelização e infiltrado inflamatório através de cortes histológicos corados com hematoxilina e eosina (HE); análise da área de formação de colágeno, através da colorações com Tricrômico de Mallory; análise da imuno-expressão da citoqueratina 10 no epitélio neo-formado por imunohistoquímica, e para análise da força de tensão suportada pelo tecido imediatamente antes da sua ruptura, através de ensaios biomecânicos.Os resultados sugerem que independente da condição sistêmica do animal, os fatores dosimétricos influenciaram no tempo de reparo tecidual dos animais, onde a maior frequência de irradiação, com doses menores e mais distribuídas na lesão, acarretou em um reparo clínico mais rápido, maior expressão de citoqueratina 10 e em uma maior resistência a ruptura desse tecido. Além disso, para os animais diabéticos, novamente a maior frequência de irradiação, com doses menores e mais distribuídas no tecido, resultou em uma diminuição do processo inflamatório, possibilitando uma maior produção e remodelação de colágeno, e também em um processo de re-epitelização e maturação mais rápida do epitélio, resultando, em um reparo tecidual mais acelerado.Sendo assim, podemos concluir que uma maior frequência de irradiação e uma melhor distribuição da energia no tecido resultam em um processo de reparo tecidual,de feridas excisionais realizadas no dorso de ratos diabéticos e não diabéticos, mais rápido.