Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Nardi, Edileuza de Fátima Rosina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-14012013-165306/
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Resumo: |
O cuidado diário de um idoso com incapacidade funcional demanda recursos econômicos, planejamento, organização familiar e pessoal. Esse cuidar, sem uma rede e apoio social, pode ocasionar sobrecarga de tarefas, desgaste físico e emocional para quem cuida, principalmente quando é assumido por tempo prolongado e por uma única pessoa, desencadeando limitações na vida diária do cuidador e interferindo na sua qualidade de vida. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida do cuidador familiar de idosos dependentes e associar com a rede social, o apoio social, a sobrecarga do cuidador e o grau de dependência do idoso. Trata-se de um estudo descritivo quantitativo realizado no município de Arapongas-Pr, com uma amostra de 178 cuidadores familiares de idosos com incapacidade funcional. A coleta de dados foi realizada por pesquisadores de campo devidamente treinados, mediante entrevista domiciliar, utilizando os instrumentos: questionário contendo variáveis sociodemográficas do cuidador, o Medical Outcomes Study - MOS e o Social Network Index para avaliação da rede e apoio social, The Zarit Burden Interview -ZBI para avaliação da sobrecarga e o WHOQOL-Bref para avaliação da qualidade de vida. Os dados evidenciaram que os cuidadores eram em sua maioria mulheres (90,4%), filhas (48,8%), casadas (76,4%), com média de idade de 56,7 anos, pertencentes à classe econômica C (33,1%).Os cuidadores avaliaram a sua saúde como regular (45,5%), apresentaram sobrecarga moderada (57,3%), rede social menos de três parentes (60,1%) e menos de três amigos (71,4%) e a interação social foi a dimensão de apoio social mais afetada (50,4). Na avaliação da qualidade de vida, o domínio meio ambiente (56,1) e psicológico (57,3) foram os mais comprometidos. A análise multivariada revelou que as chances de o cuidador apresentar melhor qualidade de vida no domínio físico foram associadas a pouca/nenhuma sobrecarga (OR=6,52), ausência de doença referida (OR=27,06) e estar na condição de solteiro (OR=8,47). No domínio psicológico, as chances para melhor qualidade de vida associaram-se com pouca/nenhuma sobrecarga (OR=5,61), presença de apoio de interação social (OR=3,21), ausência de doença relatada (OR=7,47) e estar na condição de solteiro (OR=6,0). No domínio de relações sociais, as chances de melhor qualidade de vida foram aumentadas quando o cuidador apresentou apoio de informação (OR=3,73) e recebeu orientação para o cuidado (OR=4,54). No domínio meio ambiente, as chances de melhor qualidade de vida associaram-se ao fato do cuidador pertencer à classe social A/B (OR=53,6), apresentar uma rede social de quatro ou mais parentes (OR=3,07), não apresentar doença diagnosticada (OR=4,51) e encontrar-se na condição de solteiro (OR=8,28). Diante dos dados encontrados, faz-se necessário pensar e refletir sobre a temática que levanta a necessidade da implantação de programas que incluam a saúde do cuidador, contribuindo, desta forma, para melhorar a sua qualidade de vida e, consequentemente, prover um cuidado adequado ao idoso dependente. |