Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Souza, Kellen Rocha de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-15032018-101122/
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Resumo: |
Ainda que a invenção do automóvel tenha gerado diversos benefícios para a sociedade, atualmente, podem ser identificadas várias externalidades negativas associadas ao seu consumo, como congestionamentos, poluição sonora, visual e atmosférica, e, geração de resíduos sólidos. No que se refere às emissões de gases poluentes, foco deste estudo, as repercussões são visivelmente imediatas na saúde da população, principalmente no aumento de problemas respiratórios. Assim, dado o crescente aumento da frota de veículos e o fato de, em 2014, 33,40% da frota nacional de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) e 21,44% das motocicletas estarem concentradas no estado de São Paulo, a presente pesquisa objetiva mensurar as emissões de gases poluentes de escapamento, por veículos automotores rodoviários nos 645 municípios paulistas, para o período de 2006 a 2015. A metodologia adotada neste estudo é a mesma utilizada pela CETESB e consiste numa abordagem do tipo bottom-up. Nessa abordagem, além da quantidade consumida de combustíveis, também no cálculo das estimativas empregam-se o fator de emissão segundo o tipo de veículo, de poluente e de combustível utilizado, a intensidade de uso ou quilometragem média percorrida anualmente por tipo de veículo e a quantidade da frota circulante, segundo sua idade e categoria de veículo. Os gases poluentes estimados foram os seguintes: monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC), hidrocarbonetos não-metano (NMHC), metano (CH4), óxidos de nitrogênio (NOX), aldeídos totais - acetaldeído + formaldeído (RCHO), dióxido de carbono (CO2) e material particulado (MP). A análise destas estimativas foi do tipo descritiva, incluindo também a construção de mapas para melhor identificação das cidades mais emissoras. Na sequência, busca-se relacionar estas emissões com a saúde da população, via análise do número de internações hospitalares devido a problemas respiratórios. Ainda que as emissões estejam concentradas na região conhecida como macrometrópole paulista, três municípios não pertencentes a ela apresentaram altas emissões, dependendo do tipo de gás considerado, a saber, São José do Rio Preto, Bauru e Franca. Tanto na cidade de São Paulo, maior emissora de gases poluentes do estado, como nas demais, ainda se observa uma contribuição expressiva dos veículos com mais de 20 anos para as emissões veiculares totais de monóxido de carbono. Assim, pode-se concluir que uma política de renovação da frota pode reduzir substancialmente tais emissões. Na cidade de São Paulo, em 2015, estes veículos foram responsáveis por 41,5% das emissões de CO, mesmo representando tão somente 6,96% do total da frota de veículos. A partir da vasta e detalhada fonte de dados gerada nesta pesquisa outros estudos podem ser realizados ensejando a implementação de políticas referentes à mobilidade urbana. No que se refere à relação destas emissões com a saúde da população, observando os dados de internações hospitalares por problemas respiratórios nos municípios paulistas, não foi possível estabelecer uma relação direta. O uso de outros métodos para aprofundar o exame dessa questão é particularmente recomendável tendo em vista que diversos outros fatores podem influenciar essas internações, tais como emissões de outras fontes que não as veiculares, clima, assistência médica preventiva, entre outros. |