Envolvimento do núcleo do trato solitário nas alterações respiratórias observadas durante hipóxia em um modelo experimental da Doença de Parkinson.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carrijo, Monique Campos Naccarato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-14122023-112709/
Resumo: A doença de Parkinson (DP) é caracterizada pela perda progressiva de neurônios dopaminérgicos da substância negra compacta (SNpc), acompanhada de sintomas clássicos e não clássicos, como a insuficiência respiratória. Aqui, nossos objetivos foram investigar se: 1) existem comunicações neuronais entre a SNpc e o núcleo do trato solitário comissural (NTSc), 2) os neurônios do NTS têm participação nas alterações respiratórias induzidas pela ativação de quimiorreceptores periféricos por hipóxia e o fenótipo desses neurônios e 3) existe prejuízo no número de neurônios Phox2b ou que são ativados por hipóxia no NTS e se projetam para o núcleo retrotrapezóide (RTN), num modelo experimental da DP. Ratos Wistar adultos receberam injeção bilateral de veículo ou 6-hidroxidopamina (6-OHDA) no estriado. Os registros ventilatórios foram realizados por pletismografia de corpo inteiro e para verificar as projeções entre regiões, usamos injeção unilateral do traçador retrógrado Fluorogold (FG) no NTSc e RTN. Para investigar a ativação neuronal analisamos a expressão da proteína FOS em ratos submetidos à hipóxia (1h) 41 e 61 dias após a injeção de veículo ou 6-OHDA. Os resultados mostraram que no modelo experimental utilizado a resposta ventilatória basal e em resposta a hipóxia está prejudicada, há redução de neurônios Phox2b ou ativados por hipóxia no NTS que se projetam para o RTN e existe uma via indireta da SNpc para o NTSc, que passa pela substância cinzenta periaquedutal (PAG). Não vimos redução de neurônios catecolaminérgicos no NTS. Concluímos que a via SNpc PAG NTSc pode estar prejudicada no modelo 6-OHDA, justificando a perda de neurônios Phox2b ou ativados por hipóxia no NTSc, levando aos prejuízos respiratórios diante do estímulo da hipóxia. Além disso, sugerimos que neurônios Phox2b reduzidos no NTS, possam ser os mesmos que são ativados por hipóxia e que se projetam para o RTN, o que seria mais uma explicação para a neurodegeneração do RTN e consequentes disfunções em resposta à hipercapnia.