Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Ana Bárbara Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-05062023-111042/
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Resumo: |
Introdução: A análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é uma ferramenta de avaliação da influência autonômica sobre o coração e seus índices gerados são considerados preditores de morbimortalidade. Entre os métodos de análise de VFC mais utilizados destacam-se os métodos lineares e não lineares. Entretanto, pouco se sabe sobre a convergência dos resultados frequentemente obtidos e se existe uma correlação entre eles. Objetivos: Portanto, o objetivo deste trabalho é comparar e correlacionar os resultados de diferentes métodos de análises lineares e não lineares na avaliação da modulação autonômica cardíaca em homens e mulheres saudáveis e com diferentes níveis de aptidão cardiorrespiratória e verificar a correlação entre os resultados gerados. Métodos: Para tanto foram analisados 172 indivíduos, com idade entre 18 e 45 anos, normotensos e função cardiopulmonar normal. Os indivíduos foram previamente separados de acordo com a aptidão física utilizando o teste funcional cardiorrespiratório em esteira motorizada: baixa performance (BP= VO2: 22-38 ml kg-1 min-1), média performance (MP= VO2: 38-48 ml kg-1 min-1) e alta performance (AP= VO2: > 48 ml kg-1 min-1). Foram analisados 96 homens (grupo BP, n=25; grupo MP, n=37; grupo AP, n=34) e 76 mulheres (grupo BP, n=31; grupo MP, n=24; grupo AP, n=21). As análises lineares e não lineares da VFC foram realizadas utilizando dois programas computacionais distintos, CardioSeries v2.4 e Kubios HRV Standard 3.4.3, e ambos utilizaram os intervalos R-R, derivados do registro eletrocardiográfico realizados previamente. Todos os registros foram realizados durante o repouso na posição supina. Resultados: Os grupos dos homens e mulheres não apresentaram diferenças em relação à estatura e idade. Os grupos BP apresentaram IMC e peso corporal mais altos do que os grupos AP tanto em homens quanto em mulheres. De acordo com os resultados, não houve diferença tanto em homens quanto em mulheres através da análise espectral. Entretanto, considerando as análises não lineares entre as mulheres, o grupo AP apresentou maiores valores dos índices 2UV% e 2V% da análise simbólica, SampEn da análise de entropia e SD1 da análise de Poicaré; e menores valores da relação SD2/SD1 comparado ao grupo BP, caracterizando uma maior irregularidade entre as mulheres do grupo AP em comparação às do grupo BP. Além destes, o índice RMSSD da análise no domínio do tempo foi diferente entre estes grupos, corroborando os achados das análises não lineares. Enquanto entre os homens, o grupo AP apresentou maiores índices 2UV e menores valores do índice α1 da DFA e também da relação SD2/SD1 da análise de Poincaré quando comparado aos grupos MP e BP, indicando uma maior irregularidade de sinais no grupo AP em relação aos demais através dessas análises. Além disso, foi observada uma alta correlação entre os valores de SD1 e RMSSD e da relação SD2/SD1 e α1 em todos os grupos entre as mulheres e SD1 e HF em unidades absolutas; SD1 e RMSSD; SD2/SD1 e α1 em todos os grupos entre os homens. Conclusão: Os resultados sugerem que as informações dos parâmetros obtidos em cada método de análise, linear ou não linear, necessitam de uma cuidadosa interpretação, além de análises complementares, principalmente análises de correlação, com o objetivo de encontrar correspondências entre os métodos. Além disso, este estudo sugere que algumas ferramentas parecem se adequar melhor a certos grupos mostrando resultados diferentes umas das outras em relação a maior atuação dos componentes simpático ou parassimpático, ou também de sistemas mais regulares ou complexos. |