Propriedades imunomoduladoras de células tronco mesenquimais estromais no modelo de encefalomielite experimental autoimune

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Freitas, Carla Longo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-08102021-101808/
Resumo: A esclerose múltipla é uma doença degenerativa autoimune mediada por linfócitos T auto-reativos a epítopos de mielina que se ativam inicialmente na periferia e infiltram o sistema nervoso central, levando à inflamação, e desmielinização. O modelo murino, Encefalomielite Experimental Autoimune, (EAE) tem sido usado para estudar os possíveis mecanismos envolvidos na esclerose múltipla. Células-tronco mesenquimais estromais são células multipotentes indiferenciadas que possuem propriedades imunomodulatórias. Tubas uterinas humanas denominadas htMSCs são uma fonte rica de células tronco mesenquimais estromais. Desta forma, como não há cura para a esclerose múltipla, nós propomos avaliar o efeito modulatório das htMSCs no modelo da EAE. Nossos resultados demonstram que o tratamento com htMSCs reduz a expressão das moléculas CD80, CD86 e MHC II no baço e linfonodo de células dendríticas dos animais tratados e aumenta a produção de IL-10. No pico da doença, os animais tratados apresentam score clínico reduzido. No sistema nervoso, observa-se diminuição de células infiltrantes e de microglia residente ativada. O tratamento com htMSCs reduziu a frequência e número absoluto das células Th1 (T CD4&#43IFN-&#43) e Th17 (T CD4&#43IL-17&#43) infiltrantes no cérebro. As medulas espinhais analisadas no pico e 30 dias pós-imunização apresentam expressão reduzida dos genes pró-inflamatórios Ifng, Tbx21, Il-17, RorC e aumento na expressão de genes Bdnf e Ido. Coletivamente, nossos dados demonstram que as htMSCs exercem um papel imunomodulador no modelo da EAE. O efeito imunomodulador das htMSCs é promissor, podendo ser utilizado no futuro como estratégia de tratamento para doenças autoimunes ou neurodegenerativas.