Comparação entre o tratamento clínico e cirúrgico do refluxo gastroesofágico nos pacientes com esôfago de Barrett: como o epitélio colunar evolui a longo prazo?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Szachnowicz, Sergio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-18072022-143842/
Resumo: Objetivo: Avaliação a longo prazo da evolução do epitélio colunar do esôfago de Barrett após tratamento clínico e cirúrgico através da fundoplicatura total do refluxo gastroesofágico. Métodos: Estudo prospectivo comparativo, incluindo 398 pacientes com esôfago de Barrett submetidos ao tratamento clínico com Omeprazol (seguimento médio de 67,8 meses) ou através de fundoplicatura laparoscópica a Nissen (147,7 meses). Foram colhidos dados de consultas anuais e endoscópicos a cada 2 anos. Os grupos foram comparados de forma geral e também utilizando Propensity Score Match (PSM), pareando a extensão do esôfago de Barrett, com variáveis de ocorrência para displasia e adenocarcinoma e quanto à evolução do epitélio e critérios clínicos, e significância estatística assumida para p<0,05. Resultados: Os pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico apresentaram maior regressão da extensão do EB, menor presença de hérnia de hiato, regressão da MI, menor necessidade de utilização de medicação para refluxo e melhora de sintomas em geral, assim como de sintomas de DRGE (p<0,05). O efeito relativo de tratamento foi significativamente maior no cirúrgico quanto à progressão e à regressão dos epitélios (p<0,001). O grupo Clínico apresentou 1,94 mais chance de ter adenocarcinoma e/ou displasia em geral que o grupo Cirúrgico, considerando idade e obesidade controlada. O grupo Clínico tem 3,83 mais chances de ter adenocarcinoma e/ou displasia de alto grau que o Cirúrgico, considerando idade e obesidade controlada. O tratamento cirúrgico da doença do refluxo gastroesofágico no esôfago de Barrett através da fundoplicatura total apresentou bons resultados, independentemente da extensão do epitélio inicial Barrett, curto ou longo. Conclusões: O tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico em pacientes com esôfago de Barrett é superior ao clínico, permitindo melhor controle de sintomas, menor necessidade de utilização de medicação para o refluxo, maior controle do epitélio colunar, causando maior regressão do epitélio colunar e da MI e, por consequência, maior proteção para evitar a progressão do EB para adenocarcinoma ou displasias, independentemente da extensão do epitélio colunar antes do tratamento