Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Amanda Ferreira e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-26082016-170405/
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Resumo: |
A variabilidade morfológica é comum em vários táxons marinhos, e os membros de Cnidaria Medusozoa se destacam por expressar a variabilidade em diferentes níveis, especialmente considerando as diferentes fases do ciclo de vida. Entretanto, muitos problemas taxonômicos surgem a partir das dificuldades em interpretar os níveis de variação, já que variações intraespecíficas muitas vezes são interpretadas de forma imprecisa como interespecíficas, e vice-versa. Neste estudo, revisamos os padrões de variação morfológica em Cnidaria Medusozoa, avaliando sua influência na taxonomia e diversidade do grupo. Seguindo essa abordagem, investigamos as relações filogenéticas da subordem Proboscoida, testando a relevância dos caracteres morfológicos diagnósticos tradicionais para a delimitação de linhagens em vários níveis taxonômicos. Além disso, avaliamos os seus padrões de variação morfológica, contrastando dados morfométricos e filogenéticos. Ficou claro que a variação intraespecífica em Medusozoa está frequentemente correlacionada com a variação interespecífica, e existe sobreposição entre os diferentes níveis. Igualmente, mostramos que a diversidade de espécies em Medusozoa está imprecisamente estimada, e existe ainda um grande potencial para a descoberta de espécies crípticas em Hydrozoa. Isso foi comprovado em Proboscoida, já que seus padrões filogenéticos mostraram que vários grupos não são monofiléticos, incluindo a família Clytiidae, os gêneros Campanularia, Clytia, Obelia e Laomedea, e as espécies Orthopyxis integra, Clytia gracilis e Obelia dichotoma. Da mesma forma, vários caracteres diagnósticos tradicionais resultaram não informativos para a delimitação de espécies e gêneros. Por outro lado, encontramos padrões morfométricos consistentes entre caracteres investigados em diferentes níveis de comparação. Dentre eles, tamanho e forma da hidroteca, espessura do perissarco, assim como número e altura das cúspides da hidroteca corroboraram a delimitação de várias linhagens. Nosso estudo demonstrou a importância das análises que combinam dados morfométricos e filogenéticos, especialmente quando a amplitude de variação dos caracteres morfológicos é detalhadamente comparada e investigada. Estudos em Hydrozoa, assim como Medusozoa e outros táxons marinhos se beneficiarão dessa abordagem, estabelecendo espécies válidas bem fundamentadas, e aprimorando nossas estimativas sobre a diversidade de espécies no ambiente marinho |