Avaliação da qualidade do ar em duas estações do metrô de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Fujii, Reinaldo Keiji
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-15092011-112332/
Resumo: Objetivo. Comparar a qualidade do ar externo com o ambiente interno das estações Clínicas e Praça da Sé do Metrô de São Paulo, quantificando e qualificando os contaminantes microbiológicos e atmosféricos. Propõe-se com este estudo promover o conhecimento de fatores sobre a qualidade do ar e das condições de higiene e saúde destes locais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e usuários do sistema. Métodos. As amostras foram realizadas no período de Julho a Novembro de 2005. Os fungos foram coletados com o impactador de Andersen de um estágio com volume de aspiração de 28 l/min por um tempo de 10 minutos por amostra, e como meio de cultivo Agar Sabouraud Dextrose a 4%. A quantificação e identificação foram feitas por meio de análises de lâminas do material microbiológico em microscópio óptico, coradas com azul de lactofenol. Para o dióxido de nitrogênio utilizou-se difusor passivo com trietanolamina como substância adsorvente e as análises foram realizadas por espectrofotometria. O difusor passivo para avaliação da concentração de benzeno é do tipo membrana, com carvão ativado como substância adsorvente e a análise por cromatografia gasosa. O tempo de exposição para estes amostradores foi de 30 dias. O PM10 foi medido com um monitor contínuo, com leitura direta. Foram instalados dois equipamentos em cada estação por um período de 7 dias. Resultados. Os estudos indicam a presença de fungos comuns com predominância para o Cladosporium sp (52%), Alternaria sp (17%) e Penicillium sp (13%) e em proporções semelhantes interna e externamente às estações. A concentração média de \'NO IND. 2\' no interior das estações, foi de 73,9 \'müg/m POT. 3\'. Estes valores são semelhantes às medições externas realizadas com o equipamento de Espectroscópia de Absorção por Diferencial Óptico (DOAS) e os valores medidos pela estação de monitoramento da CETESB, instalado na FSP/USP. Os valores máximos encontrados para o benzeno foram de 5,7 \'müg/m POT. 3\' no interior das estações e 6,2 \'müg/m POT. 3\' no ambiente externo. O PM10 indicou valores elevados sendo o valor médio, para a estação Clínicas de 312,4 \'müg/m POT. 3\' medidos na plataforma e 243,9 \'müg/m POT. 3\' no mezanino, na estação Praça da Sé verificamos a concentração de 150,9 \'müg/m POT. 3\' na plataforma da linha 1 e 124,2 \'müg/m POT. 3\' na plataforma da linha 3. Conclusões. O presente estudo possibilitou a avaliação e comparação dos níveis de poluição ambiental interno e externo às estações. A constatação da predominância de fungos comuns no ar não indica a ausência de riscos para a saúde humana, pois o seu impacto depende da suscetibilidade dos indivíduos expostos. A concentração de \'NO IND. 2\' e benzeno encontradas no ambiente interno e externo são de mesma ordem de grandeza, o que indica que estes contaminantes têm a mesma fonte de origem. A alta concentração de PM10 representa uma maior preocupação. Para este contaminante deve-se avaliar a composição do material encontrado e seu grau de toxicidade.