Criatividade e esperança na clínica psicanalítica: Ideias a partir de Melanie Klein e Donald Winnicott

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bezerra, Maysa Marianne Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-11122023-160033/
Resumo: O propósito desta dissertação é apresentar, por meio de um estudo teórico-clínico, como os fenômenos da esperança e da criatividade, bem como os da desesperança, da destrutividade e da submissão se manifestam no mundo psíquico, na vida cotidiana e na clínica psicanalítica. A reflexão acerca desses temas se fundamenta nas teorias de Melanie Klein e Donald Winnicott, a partir da observação dos fenômenos citados em ambas as obras e, notadamente, da compreensão de sua relevância no início da constituição psíquica. Como ferramentas de apoio, serão utilizados fragmentos clínicos e produções artísticas no intuito de criar correlações com as ideias. Desta forma, no desenvolvimento teórico de Klein, analisa-se a posição depressiva, por meio de sua representação na ópera L\'Enfant et les Sortilèges, de Ravel (1925), e a posição esquizoparanoide, contextualizada no filme Sete minutos depois da meia-noite, de Bayona (2016). O conto A legião estrangeira, de Clarice Lispector (1999), encerra o exame da obra ilustrando os conceitos de inveja primária e gratidão. A teoria winnicottiana, por sua vez, é contemplada a partir do filme A vida é bela, dirigido por Benigni (1997). À luz da oposição presente nas noções de criatividade primária e submissão, concebidas pelo autor, são traçados contornos para a compreensão dos fenômenos da esperança e da desesperança. Ampliar a discussão acerca dessas manifestações, na perspectiva de Klein e Winnicott, significa reforçar a importância de seus efeitos sobre o trabalho analítico e a relação analista-analisando, além de demonstrar de que forma são capazes de levar a aberturas ou obstruções no processo de elaboração psíquica.