Brinquedoteca hospitalar na cidade de São Paulo: exigências legais e a realidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Teixeira, Sirlândia Reis de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-14122018-100259/
Resumo: Nesta pesquisa, objetivou-se discutir o tema brinquedoteca hospitalar, como um recurso para a humanização da assistência à saúde nos hospitais pediátricos que atendem crianças em regime de internação. Tendo, como objetivo principal, verificar a situação da brinquedoteca hospitalar na cidade de São Paulo, antes e após a Lei n. 11.104/2005 que obriga a instalação desse equipamento, considerando como hipótese de pesquisa a necessidade de que a Lei seja ampliada, inserindo a presença do profissional do brincar na brinquedoteca hospitalar para garantir o bom funcionamento desse espaço. No procedimento metodológico, qualificado como pesquisa qualitativa, foi utilizada a revisão integrativa da literatura, sendo analisados os dados de 324 trabalhos publicados no Brasil; e 43, no exterior, no período de 1994 a 2014. Efetuou-se uma pesquisa exploratória em 20 brinquedotecas de hospitais internacionais, a fim de verificar como funcionam as brinquedotecas fora do Brasil, fez-se uma pesquisa de campo, sendo aplicado um questionário em 11 profissionais que atuam em brinquedotecas na cidade de São Paulo e adicionalmente, uma atividade exploratória de escuta das crianças em situação de brincar. Os resultados mostram que a maior parte das pesquisas nacionais e internacionais voltadas para o brincar na saúde estão concentradas na área da Enfermagem. Os dados das pesquisas em brinquedotecas internacionais apontam que há uma preocupação na diversidade de atividades lúdicas para o acolhimento da criança. Após análise dos resultados provenientes da investigação in loco, verificou-se que há necessidade de formação dos profissionais para atuarem nas brinquedotecas hospitalares paulistanas e de reconhecimento destes espaços como parte inerente ao tratamento das crianças hospitalizadas. As vozes das crianças evidenciam o maior propósito da existência da brinquedoteca que é o direito de brincar no hospital. Observou-se que, após a Lei 11.104/2005, apesar do aumento do número de brinquedotecas instaladas, na cidade de São Paulo, esses espaços foram-se constituindo de maneira inadequada para atender as necessidades da infância e ser de fato uma estratégia de humanização. Os achados nesta pesquisa apontam a necessidade de ampliar o texto da Lei 11.104/2005 e fazer cumprir integralmente o direito da criança brincar no hospital.