Saúde da mulher na perspectiva dos profissionais e gestores de saúde de Corumbataí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gervasio, Mariana de Gea
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-04052015-114048/
Resumo: A saúde da mulher é um campo em constante construção. Desde meados da década de 80, existem políticas públicas que adotam a perspectiva da saúde integral das mulheres. Entretanto, recorrentemente ainda encontramos desigualdades de gênero no atendimento às mulheres e concepções de saúde que circunscrevem a saúde da mulher à esfera reprodutiva. Este trabalho tem por objetivo estudar as práticas e as ações de saúde da mulher no município de Corumbataí e entender como essas práticas dialogam com a Política Nacional de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PNAISM). A presente pesquisa se fundamenta no campo da Saúde Coletiva com foco na Saúde da Mulher e nos estudos das Relações de Gênero. Estabelece intersecções e recebe inspiração da obra de Michel Foucault e de autores que trabalham com pós-estruturalismo e construcionismo. A abordagem qualitativa foi aplicada nesse estudo, utilizando a técnica de entrevista semiestruturada como principal método de produção de informação. A análise das entrevistas foi organizada segundo a árvore de temas, conforme propõe Spink (2010). Os resultados foram organizados em dois eixos principais: O sistema e ações de saúde em Corumbataí; e Diálogo das ações de saúde com a PNAISM. As entrevistas nos deram pistas sobre o modo como se materializam as ações de saúde da mulher na cidade de Corumbataí. A saúde da mulher ainda é vista, predominantemente sob a ótica da reprodução, priorizando práticas ligadas ao ciclo reprodutivo. Temáticas como violência contra a mulher, pluralidades identitárias, relações de gênero e direitos sexuais e reprodutivos, apresentam fragilidades na forma como se engendram no sistema. Salientamos a importância de operar no sentido de oferecer mais visibilidade às questões de gênero e integralidade, incorporando tais pautas nas práticas e nas ações de saúde como forma de iniciar um debate e de desenhar políticas municipais que trabalhem com este tema.