Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Alves, Elizabeth Sabater |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-16012013-124546/
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Resumo: |
A lesão nervosa periférica acarreta atrofia do músculo esquelético por ele inervado, levando a perda de função. E estimulação elétrica tem sido usada na prática clínica como recurso terapêutico complementar, embora existam controvérsias na literatura a respeito da sua eficácia na manutenção do trofismo muscular e dos seus efeitos no tecido conjuntivo associado ao tecido muscular. Assim sendo, este trabalho avaliou os efeitos da estimulação elétrica do músculo tibial anterior em um modelo experimental de axonotmese leve ou severa do nervo ciático de ratos. Após a lesão, um grupo de animais foi tratado com estimulação elétrica (3 vezes por semana) com parâmetros obtidos por eletrodiagnóstico, enquanto que outro grupo de animais lesados constituíram o grupo controle. Foram analisados parâmetros biomecânicos (tensão, rigidez e deformação relativa), parâmetros do eletrodiagnóstico e parâmetros histológicos (volume absoluto do músculo, volume absoluto de tecido muscular propriamente dito, volume absoluto do colágeno fibrilar e volume médio do miócito). Os resultados mostram que a estimulação elétrica promove um aumento da tensão e da rigidez nos dois tempos experimentais; em relação ao eletrodiagnóstico, os animais que receberam estimulação elétrica apresentaram valores de reobase, cronaxia, acomodação e coeficiente de acomodação significativamente diferentes dos animais não tratados, com valores que tendem à normalidade. Os parâmetros histológicos mostram que: 1) há uma diminuição do volume absoluto muscular e do tecido muscular nos animais lesados tanto nos animais controles como nos tratados, em relação aos não-lesados; 2) há um aumento progressivo do colágeno fibrilar ao longo do tempo tanto nos tratados como nos controles; nos animais tratados a quantidade de fibras de colágeno aos 8 dias é maior quando comparada aos controles, porém aos 30 dias a quantidade de colágeno tecidual é menor nos animais tratados se aproximando mais aos valores encontrados no grupo não-lesado; 3) para lesões severas a estimulação elétrica é capaz de prevenir parcialmente a atrofia da célula, uma vez nestes animais os valores de diâmetro do miócito foi maior nos animais tratados que nos controles. Assim sendo, os dados obtidos sugerem que a estimulação elétrica tem um efeito modulador na deposição do colágeno fibrilar e no trofismo muscular, principalmente nas lesões severas. Os resultados dos testes biomecânicos refletem os achados estruturais. Além disso, os resultados obtidos sugerem que a estimulação elétrica pode atuar positivamente na regeneração neural, pois os parâmetros do eletrodiagnóstico são próximos aqueles de músculos com inervação íntegra. |